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  Uma Entrevista com Jorge Knirsch

Veja o teste:
 do
 
powerline Audiófilo lf-115
 
 https://www.youtube.com/watch?v=ktB4C4k4EyY

 
  Veja os comentários de Fernando Sampaio (RJ) a respeito de fiação sólida e aterramento do neutro.
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 UM DOS MELHORES PALCOS SONOROS

Cd de Referência 

Jorge Knirsch 

Introdução 

Iniciamos uma nova série de artigos, que tem por objetivo apresentar os cd’s que uso para meus testes e minhas audições. Muitos já me pediram que os indicasse e comentasse, inclusive algumas lojas. Assim, iniciamos hoje este intento. Porém, preciso salientar aqui algumas premissas muito importantes a respeito da sala de reprodução e da instalação elétrica desta sala onde serão ouvidos os cd's, pois há vários fatores que interferem na audição. Vejam o artigo “Dicas Gerais - Parte 1”.

Como vocês já devem ter se inteirado, em meus artigos, a influência da sala de audição é marcante, pois ela é responsável por mais da metade do resultado acústico da reprodução sonora. Toda sala tem alguns parâmetros muito importantes, sendo os principais: volume, forma e superfícies.

Como já vimos, em outras oportunidades, o volume da sala é considerado pequeno quando estiver abaixo de 100m3, como é o caso do nosso Laboratório de Acústica e Áudio. É considerado médio quando estiver entre 100 e 200m3 e, acima deste maior valor, as salas são reputadas grandes.
          A forma mais adequada para uma sala de audição é, sem dúvida alguma, a paralelepípeda, onde o nosso LAA também está incluído. Devemos evitar salas com paredes ou pisos quadrados, salas cúbicas ou ambientes côncavos.

As superfícies das paredes dizem respeito ao tratamento acústico. De acordo com a acústica, as salas podem ser divididas em três grandes categorias: salas vivas, salas mortas e salas secas. Chamamos de salas vivas todas as salas, independentemente de seu volume, que possuem um tempo de reverberação acima de 1s em todas as freqüências do espectro de audição humana. Salas secas são as que possuem um tempo de reverberação abaixo de 1s em todo o espectro de freqüências. E as salas mortas, também chamadas de salas surdas, são um misto das duas salas anteriores, ou seja, são as que possuem o espectro das freqüências graves (20 a 160Hz) como as vivas, acima de 1s, com graves retumbando em várias freqüências, e as freqüências médias (160Hz a 1300Hz) e agudas (acima de 1300Hz) como as salas secas, com tempo de reverberação abaixo de 1s. Estas salas mortas são as mais comuns entre os ouvintes e audiófilos, de forma geral, em todo o mundo. O conhecimento técnico necessário para o tratamento dos graves é muito específico e pouco conhecido por engenheiros e arquitetos, inclusive pelos profissionais da própria área de acústica. Por este motivo, a maioria das nossas salas de audição não possui tratamento acústico para os graves. Caso você deseje mais informações sobre acústica de ambientes, há vários artigos no nosso site e também um resumo intitulado “Dicas Gerais - Acústica - Parte 2”.

 

© 2004-2008 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com.br

 

Voltando ao assunto dos cd's, eles foram testados no nosso LAA, que é uma sala pequena, paralelepípeda e seca, enquadrada dentro da proposta de norma IEC60268-13. Com esta sala, dentro destas características, procuramos minimizar os seus efeitos sobre o resultado sonoro final, de forma a possibilitar identificar o que realmente foi gravado. Se a sua sala de audição tiver pelo menos uma característica diferente das enumeradas acima, a audição dos cd´s também será diferente da descrita nesta série de artigos. Isto lhe permitirá constatar e identificar diferenças auditivas, em relação ao que estaremos mencionando, em grande parte, em função da característica diferente da sua sala.

O segundo aspecto muito importante, em uma audição, é o tratamento elétrico para a alimentação dos equipamentos de áudio e vídeo. A redução da sujeira (harmônicos) da energia elétrica é que permite a criação do palco sonoro.  O peso da influência da elétrica, em uma audição, gira aproximadamente em torno de um terço do resultado. Escrevemos um artigo intitulado: “Dicas Gerais - Elétrica - Parte 3” que poderão lhes dar algumas orientações gerais muito preciosas. O tratamento elétrico do nosso LAA é realizado por uma fiação dedicada e, além disso, a filtragem é realizada pelo powerline Audiófilo lf-115, o mais forte filtro sintonizado do mercado, cuja proteção e filtragem estão patenteadas por nós. O resultado é soberbo!!

Agora, em terceiro lugar, vêm os equipamentos de áudio, onde os cabos também estão incluídos. Com exceção do cd-player, que é um Accuphase DP-67 e das caixas acústicas, que são as Paragon Jubilee-Jem, o restante dos nossos equipamentos são de produção da By Knirsch. Os cabos de interconexão entre cd-player e pré-amplificador são os nossos TOP Wonder Plus XLR, muito neutros e com excepcional dinâmica. O pré-amplificador é o Excel II com Mos FET’s, com baixíssima distorção harmônica de 20 a 20KHz. Entre o pré e os powers monoblocos, usamos os cabos de interconexão TOP Wonder Plus XLR em ligação CAST (Current Áudio Signal Transmission, marca registrada da Krell) em impedância casada de 100 Ohms. Os powers são os Millenium, amplificadores em classe A de 75W e cada monobloco pesa em torno de 63kg. É um amplificador que possibilita uma pureza admirável no som. Vamos iniciar, no ano que vem, uma montagem para a produção tanto do pré-amplificador Excel II como dos powers Millenium. Esta produção será feita somente sob encomenda. Os aparelhos poderão ser vistos e conferidos no nosso LAA. O projetista destes amplificadores é o famoso Erno Borbely, sediado hoje na Alemanha, que projetou o primeiro amplificador mundial a MosFET’s da história, o DH-200, quando trabalhava juntamente com a David Hafler Co, nos Estados Unidos.

Estes equipamentos e cabos são de primeira linha, com um excelente resultado sonoro. É importante esclarecer aqui todos estes aspectos da reprodução sonora, pois influenciam de forma marcante nas análises subjetivas da percepção musical. A respeito de equipamentos vejam o artigo  “Dicas Gerais - Equipamentos - Parte 4

Outro aspecto considerável para o resultado sonoro é a mídia gravada, ou seja, os cd's em si. Infelizmente, contrário do que a maioria pensa, a qualidade dos cd's é, de forma geral, muito ruim. Imaginem, constatamos que existem diferenças entre lotes diferentes de prensagem de cd's importados e as diferenças entre os cd's nacionais e os importados, então, são muito maiores ainda. As diferenças são gigantescas! Desta forma, e por estes motivos, para cada cd que colocarmos na lista, ele será aqui identificado corretamente e de forma completa, pois a análise que fizermos, só valerá para a amostra analisada, pois em qualquer outra cópia deste cd o resultado poderá variar significativamente, conforme minhas pesquisas. A conclusão a que cheguei é que existe uma qualidade muito variável dos cd's, inclusive dos importados!!

Por estes motivos, poucos cd's nacionais entrarão nesta lista e cópias feitas em computadores não serão aqui analisadas devido à sua  baixa qualidade sonora.

 

O PALCO SONORO

 

O fator que mais influencia a criação do palco sonoro na reprodução é, sem dúvida alguma, a limpeza da sujeira da rede elétrica. A supressão dos harmônicos da energia elétrica permite a criação do palco sonoro. Em outras palavras, a retirada dos harmônicos, da energia, permite que o palco sonoro se crie entre as caixas, tirando o acontecimento musical das próprias caixas (direita e esquerda) e armando-o entre elas e atrás delas, como se ali houvesse um palco virtual. Inclusive, este é um teste definitivo para se identificar um bom condicionador de energia: os que criam o palco sonoro é que são os melhores.

O próximo fator mais importante é a acústica da sala, com a posição correta das caixas acústicas, nesse espaço, o que irá contribuir de forma muito marcante para a formação do palco sonoro. A identificação da melhor posição para as caixas acústicas (sempre afastadas das paredes traseira e laterais), pode ser conseguida através de várias tentativas e erros, como muitos advogam, porém, pode ser sim, fruto de um cálculo baseado nas três dimensões da sala, o que permite atenuar as ondas estacionárias mais atuantes, com melhor resultado sonoro.

Outro aspecto importante, mas que foge ao nosso campo de atuação, como ouvintes, deve ser considerado na gravação de um cd. Na maioria dos casos, o palco sonoro dos cd's é criado na mixagem,  pelo técnico ou engenheiro de som, e dificilmente gravado da forma como ocorre no evento original. Uma configuração montada do palco sonoro acontece inclusive na maioria das gravações em tempo real, onde os poucos microfones usados são integrados entre si, de forma tal que podem não conseguir captar o palco em toda a sua extensão, mesmo sem o uso da mesa de mixagem.

Em regra geral, é muito difícil captar um palco sonoro original, independente do volume e qualidade dos microfones empregados, sem passar por uma mesa de mixagem.

O palco sonoro, que é um parâmetro da percepção musical, após o equilíbrio tonal e a resolução do sistema, divide-se em vários critérios muito importantes, que são:

  • A Imagem, que é constituída da focagem e do recorte;

  • Profundidade, onde se inclui os planos sonoros;

  • Altura;

  • Largura, onde se inclui a lateralidade;

  • Ambiência, Espacialidade 

A imagem é constituída da focagem e do recorte. A focagem diz respeito ao tamanho virtual do objeto no espaço, por exemplo, o tamanho da voz humana, o tamanho do violão sendo tocado em um cd um pouco para a direita, ou então do tamanho do trompete, um pouco a esquerda. Quanto menor e bem localizado é a focagem de um instrumento ou de outro objeto musical, melhor é o palco sonoro! Objetos musicais grandes no palco sonoro, fazem a focagem da imagem ser grande de forma que o palco sonoro tende a ficar como falamos "chapado", sem profundidade.

O recorte diz respeito ao contorno da imagem. Quanto melhor delimitada a imagem, melhor é o recorte e mais separados ficam os objetos musicais uns dos outros. Quando a resolução de um sistema não é alta, o recorte fica prejudicado de forma que a imagem de um objeto pode invadir o espaço de outro. Um bom recorte define bem a localização espacial do objeto musical permitindo, quando existir, o aparecimento da ambiência e da espacialidade, dos quais falaremos mais adiante.

Estes dois parâmetros, a focagem e o recorte então, permitem a definição da imagem de um objeto musical dentro de um palco sonoro.

A profundidade do palco sonoro diz respeito a distância virtual em que podemos ouvir os instrumentos, vozes e objetos musicais posicionados para trás das caixas frontais, distanciados em diversos níveis de profundidades. Assim cria-se como nós chamamos os vários planos sonoros dos objetos musicais. Este aspecto depende além da parte da filtragem das impurezas  da energia elétrica, também do tratamento acústico, principalmente da parede atrás das caixas onde recomendamos dar preferência ao uso de um sistema de absorção de banda larga. Outro aspecto importante é o correto posicionamento das caixas acústicas frontais, que, de forma geral devem ficar, dependendo do tamanho da sala, entre 0,80m e 1,50m de distância da parede traseira. O posicionamento correto é calculado a partir das dimensões da sala, procurando otimizar a distribuição modal. Quando a profundidade do palco sonoro é muito grande, em vários cd´s, pode ser um indicativo de que o equilíbrio tonal nas altas freqüências do sistema em questão está prejudicado.

A altura é também um item importante do palco sonoro pois, por exemplo, um músico tocando sentado um violão, e uma cantora cantando de pé devem ser bem perceptíveis quando bem captados e mixados. Este parâmetro do palco sonoro depende além da elétrica também do tratamento acústico, principalmente do chão e do teto.

A largura do palco sonoro é outro item muito importante e difícil de se conseguir. Diz respeito a distribuição horizontal dos instrumentos e objetos musicais entre as caixas acústicas frontais e também, além das caixas, para a direta e para a esquerda, que chamamos de lateralidade. Este parâmetro da largura, que engloba também a lateralidade, depende muito do tratamento acústico das paredes laterais nas primeiras reflexões. Esta largura do palco sonoro é definida na mixagem do cd. Daremos alguns exemplos deste parâmetro, principalmente da lateralidade.

A ambiência diz respeito a você perceber o local onde foi gravado o instrumento ou a voz. Tem relação com o tempo de reverberação do local onde foi gravado, ou do reverb introduzido na mixagem, ou então, da captação dos microfones de ambiência também colocados no cd na mixagem. A gravação tendo boa ambiência lhe dará uma noção de espaço do evento musical, que chamamos de espacialidade. Estes parâmetros além do tratamento da elétrica e da acústica da sua sala dependem também do nível de resolução do sistema eletrônico.

Apresentamo-lhes uma idéia do que vem a ser um palco sonoro de forma resumida e vamos agora para o primeiro exemplo.

 

 

O PRIMEIRO EXEMPLO

 

O primeiro cd que vamos apresentar é mencionado também pelo Harry Pearson na revista americana the absolute sound, em um número mais antigo, como um dos melhores palcos sonoros já gravados. Os dados são:

 

                    Título                   : From the age of SWING;

                    Gravadora             : Reference Recordings (RR);

                    Principal Artista      : DICK HYMAN;

                    Número                 : RR-59CD

                    Código de Barras     : 0-30911-10592-1;

                    Eng. Gravação       : Keith O. Johnson;

                    Data Gravação       : 24/25 de Maio de 1994;

                    Local                    : Concert Hall A, SUNY Purchase NY;

 

De forma geral, a Reference Recordings tem excelentes gravações e a maioria de seus cd´s  são muito bem gravados. Compro normalmente diretamente deles no site: www.referencerecordings.com onde vocês poderão encontrar uma grande variedade de cd´s, principalmente clássicos.

Este cd apresenta um palco sonoro muito bom, principalmente na imagem dos instrumentos musicais com grande ambiência, que se forma atrás das caixas acústicas, dando a impressão de ter sido gravado em um ambiente muito grande. Ganhou vários prêmios e é um dos mais vendidos da RR. Todas as faixas são bem gravadas e os vários metais não são, de forma alguma, estridentes. Gosto de ouvir a faixa 3 Topsy. Esta música estava nas paradas de sucesso em 1958. No palco sonoro existem dois pratos, um colocado entre o canal esquerdo (ce) e o centro (cec) e outro, mais atuante, colocado entre o canal direito (cd) e o centro (cdc). Ambos os pratos tem altura e estão acima do piano e do contra-baixo. A melodia está com o piano entre o canal esquerdo e o centro, porém a ambiência leva-o em algumas passagens até entre o centro e o canal direito, sempre no primeiro plano. O contra-baixo, bem ao fundo, um pouco a esquerda, revela um acompanhamento muito marcado, seco e muito nítido, onde as notas são bem percebidas e separadas. Existe também um violão rítmico, ao fundo do canal esquerdo, muito marcado e deve ser ouvido independente do contra-baixo. Venham conferir esta audição no nosso LAA.

Aquele abraço a todos vocês!! Até a próxima!!

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