PERGUNTAS/RESPOSTAS
SOBRE A ENERGIA ELÉTRICA
5.a Parte
Elétrica
Introdução
No
último artigo, tecemos alguns comentários a respeito dos harmônicos.
Aprofundamos um pouco a teoria e mostramos a influência que eles exercem
sobre os aparelhos de áudio e vídeo, em especial sobre as fontes de
alimentação. Caso vocês tenham dúvidas, ou mesmo contribuições a dar,
não deixem de me escrever.
Venho acompanhando vários sites e
grupos de áudio/vídeo e tenho notado que o tema do aterramento ainda
está gerando grandes discussões. As opiniões têm sido bastante díspares,
de forma que vamos voltar a este assunto aqui, para maiores
esclarecimentos.
Recebemos uma valiosa contribuição do
Engenheiro Eletrônico, formado pela FEI, Ronaldo Merola, de São José dos
Campos – São Paulo, que nos faz uma excelente explanação da maneira como
se deve realizar um aterramento ideal. Esta colaboração nos é bastante
oportuna, pois muitos estão discutindo também a proteção necessária para
os seus sistemas e esta abordagem é importante para considerarmos este
aspecto. Vamos então ao e-mail do Ronaldo, que estamos reproduzindo
abaixo, na íntegra. Em seguida, faremos alguns comentários a respeito.
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2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com.br
O Aterramento Ideal
Caro
Jorge,
Espero que tudo esteja correndo bem com
você! Foi um grande prazer poder participar do último curso de percepção
auditiva e aprender os detalhes da metodologia aplicada pela revista,
para a avaliação de produtos Hi-Fi e High-End. Posso afirmar que a
apresentação feita pelo Andrette foi esclarecedora e conclusiva.
Evidente que nem todos os conceitos me ficaram totalmente claros, visto
que não tenho tanto conhecimento em relação à música, também não sou
músico, nem tão pouco toco instrumento musical, mas não ficou dúvida que
existem diferenças, e acima de tudo, parâmetros, nos equipamentos de
áudio, que não se podem medir e que são bastante diferentes de um
conjunto para outro.
Bem, estou lhe escrevendo para
compartilhar algumas idéias, conceitos e experiências, relativos a
sistemas de aterramento, assunto que, tenho certeza, conversaríamos por
bastante tempo.
Os sistemas de aterramento têm como
principal função proteger os usuários de equipamentos elétricos, em
relação às descargas atmosféricas e às fugas de corrente elétrica nos
próprios equipamentos. Como o potencial de aterramento é definido como
referência de segurança e também como referência para sistemas de
energia, pode-se conectar "o cabo terra" como referência para sistemas
de blindagens eletromagnéticas, otimizando-se as "Gaiolas de Faraday",
formadas pelas caixas dos produtos. Com isso, se diminui a irradiação de
interferências e/ou aumenta-se à imunidade a interferências irradiadas
por outros equipamentos. Esses são os conceitos utilizados pelos
fabricantes, ao usar cabos e plugues de três pinos, com o terceiro pino
ligado à carcaça do equipamento. É interessante notar que o pino de
terra é sempre o mais longo, justamente para garantir a proteção
elétrica antes de se aplicar efetivamente energia ao equipamento; após
energizada, a carcaça do produto estaria no potencial de terra,
protegendo o usuário em relação a fugas de corrente e otimizando o
efeito de blindagem eletromagnética da caixa do produto.
Outro conceito bastante interessante é
a "tensão de passo", que seria a diferença de potencial gerada por uma
descarga atmosférica (raio) na distancia de um passo. Como a energia
envolvida em uma descarga atmosférica é enorme, essa tensão é bastante
alta, podendo causar grandes danos e prejuízo para equipamentos e até a
morte de pessoas, caso estejam
próximas do ponto da queda do raio. É interessante observar que a tensão
de passo está relacionada com a resistividade do terreno e, em casos
extremos, pode-se ver o raio correr sobre o terreno, até que seja
dissipada toda a energia do raio na terra.
Os conceitos são simples, mas a sua
aplicação sempre gera confusões. É bastante comum, para grupos que
necessitam de aterramento, por um motivo ou por outro, criarem seus
próprios fantasmas. Dai se ter aterramento para sistemas de informática,
sistemas de telefonia, sistemas de medição, sistema de controle de
descargas eletrostáticas (ESD), sistema de distribuição de energia,
sistemas de pára-raios, etc.
Você pode imaginar a dificuldade de se
administrar e manter esses sistemas, que além de tudo são inseguros,
devido à tensão de passo. Isso fica ainda mais crítico, se a área a ser
protegida for muito grande, como é o caso de sítios, fazendas ou grandes
áreas industriais.
Daí a proposta de se criar um sistema
de terra que circunde a propriedade, de forma a interligar diversas
hastes de aterramento, criando-se uma malha equipotencial. Com isto, se
manteria toda a área protegida em um único potencial, minimizando-se ou
eliminando-se o efeito da tensão de passo. Quando da ocorrência de uma
descarga, toda a área fica vinculada a um potencial comum. Mesmo que a
descarga atmosférica caia nas redondezas, criar-se-ia uma ilha onde as
diferenças de potencial seriam mínimas e amarradas entre si pela rede de
aterramento. Esse sistema de aterramento se torna a referência absoluta
de terra para todas as aplicações, criando proteção e uma referência de
características técnicas bastante adequadas para todas as aplicações que
necessitem de aterramento. É claro que a quantidade de hastes deve ser
dimensionada, levando-se em consideração a área, o tipo de terreno, e a
impedância mínima da rede de aterramento, que dependerá do que será
ligado ao cabo terra. Nestas condições, ficam contempladas todas as
possibilidades relacionadas com o uso de aterramento, tanto do ponto de
vista de proteção eletromagnética quanto do ponto de vista de segurança
elétrica.
Nas aplicações em que estou envolvido,
não encontrei necessidade de se solicitar terras especiais, visto que
essas aplicações têm boa tolerância em relação ao ruído e potencial de
terra. O limite de ruído para os equipamentos, com os quais trabalho, é
de 80dB, enquanto que para muitos equipamentos de áudio a especificação
passa de 100dB e, só para lembrar, essa escala é logarítmica. Para casos
críticos, a minha proposta seria se criar um ponto de aterramento
isolado da malha descrita, mas inscrito na área de proteção do sistema
de aterramento principal. Com isto, se isolariam os ruídos (elétricos)
gerados por outros equipamentos e conduzidos ao sistema de aterramento,
como os gerados por fontes chaveadas de microcomputadores, pequenos
motores elétricos, etc. Imagino que essa seja a situação ideal para
sistemas High-End de áudio, na região do topo do pinheiro, onde se
obteria uma melhora no desempenho de filtros e das blindagens dos
equipamentos, conseqüentemente, se otimizando o ruído de fundo dos
produtos. Talvez, em sistemas menos críticos, esse cuidado não precise
ir a extremos, como o descrito acima - espero confirmar isso no próximo
modulo do curso de percepção de áudio....
Estive visitando o seu site e notei que
você, além de apaixonado por áudio, é também engenheiro eletrônico e,
pela sua descrição, você também pesquisou a fundo todos os detalhes
relacionados com a cadeia de áudio. Baseado nisso, gostaria de lhe
perguntar porque você não partiu para criar e comercializar produtos de
áudio como amplificadores, pré-amplificadores, cd-players, caixas
acústicas etc?
Esperando de alguma forma ter
contribuído para o assunto,
atenciosamente
Ronaldo Merola
A Teoria e a Prática
As colocações do Ronaldo Merola são
muito interessantes e oportunas. Só temos a acrescentar alguns
comentários a este arrazoado de idéias.
A função primordial de qualquer
aterramento, sem dúvida nenhuma, é a proteção da pessoa humana e dos
equipamentos, como já havíamos mencionado anteriormente. Porém, o
aterramento tem ainda um “efeito bonificação”, se assim podemos dizer,
um efeito surpresa para muitos, bastante benéfico, que é a redução do
sinal/ruído, muito bem lembrada pelo Ronaldo. Esta redução da relação
sinal/ruído promove, no áudio e no vídeo no topo do pinheiro, uma
melhoria drástica no palco sonoro, no seu significado mais abrangente. O
recorte dentro do palco sonoro e também o foco, como o
respiro/ambiência/arejamento, melhoram de forma audível. Esta é a razão
porque insisto tanto que se faça um bom aterramento, mesmo para sistemas
mais simples onde, inicialmente, ainda não se pode detectar ou perceber
todas as melhorias ocorridas. Por que? Porque, quando quisermos instalar
algum novo equipamento, de melhor nível, poderemos realmente fazer uma
avaliação correta da qualidade sonora que ele traz para o nosso sistema,
tanto para melhor quanto para pior. De outra forma, poderíamos chegar a
conclusões equivocadas. É uma das razões que tem tumultuado o mercado,
entre outros aspectos, propiciando tantas contradições nas avaliações
dos equipamentos!
Outro conceito interessante,
apresentado pelo Ronaldo, é a tensão de passo! Quando um raio bate em
algum objeto, cria-se, neste ponto, uma tensão muito alta. E como esta
tensão se dissipa? Vocês poderão entender melhor como isto ocorre,
imaginando uma pedra sendo atirada no meio de um lago. A tensão vai se
propagando em circunferências circunscritas ao ponto específico onde o
raio bateu (na nossa imaginação, seria como acontece com as
circunferências que se formam na água, circunscritas ao ponto onde a
pedra caiu), cada uma dessas circunferências com um raio medindo um
passo a mais que o anterior, uma após outra, se afastando do ponto onde
o raio bateu. Neste exemplo estamos pré-supondo resistividade uniforme
do solo. À medida que a tensão vai se propagando, também vai abaixando
de forma exponencial, até cair novamente a zero, isto tudo acontecendo
em milésimos de segundos após a queda do raio. A distância do ponto onde
o raio caiu até a circunferência onde a tensão de passo se torna nula
poderá chegar a ter alguns metros ou até algumas dezenas de metros,
dependendo da resistividade do solo. Como exemplo, poderemos mencionar
uma situação que já ocorreu várias vezes, por imprudência ou por simples
falta de conhecimento das pessoas envolvidas.
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2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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Imaginem uma pessoa em um
campo de futebol, durante um temporal com inúmeros raios no céu. Será
que vocês, como eu, também aprenderam na escola que jamais deveríamos
ficar em lugares abertos, descampados, durante uma tempestade? Pois
é!... Imaginem ainda que, na beira deste campo, exista uma árvore e que,
sobre esta árvore, caia um raio. Naquele momento, a tensão na árvore
será máxima, na ordem de alguns milhares de volts, abaixando passo a
passo através das circunferências circunscritas com centro na árvore. Se
alguém se encontrar em alguma destas circunferências, talvez venha a
sofrer uma fortíssima descarga elétrica, o que poderá lhe custar a
vida! Quem não se lembra de ter visto casos como estes noticiado nos
jornais? Na verdade, nesta situação, pouca proteção se pode ter. Não
devemos permanecer em descampados, durante uma tempestade e contra a
tensão de passo, não há garantia alguma, pois a área é realmente de
muito risco!
Vamos supor agora que um pára-raios
seja instalado nesta árvore, com várias hastes colocadas no contorno do
campo de futebol, interligadas eletricamente, inclusive com uma malha de
aterramento entre elas, formando um grande retângulo equipotencial e que
agora bata um raio neste pára-raio. Quanto maior o número de hastes, com
maior área abrangida, menor fica a impedância do aterramento e, em
conseqüência, muito menor será a tensão de passo que se criará. Uma
pessoa a alguns metros do cabo que circunda o campo, no interior do
retângulo, já terá uma proteção melhor e atendidas outras premissas,
provavelmente nada lhe acontecerá. Esta é uma situação ideal. Note que
as novas normas brasileiras, exigem que os novos prédios, que hoje estão
sendo construídos, tenham uma malha de aterramento com hastes
circundando o terreno do edifício e este, esteja dentro de uma gaiola de
Faraday. E o neutro deverá ficar ligado a esta malha. (NBR 5410 TN).
Mas... vocês têm consciência da nossa
verdadeira realidade? Vocês acham que os aterramentos das nossas casas,
ou dos nossos prédios, foram realizados desta forma? Será que algum dos
nossos leitores poderia nos dar a boa notícia de que o aterramento da
sua residência foi feito desta forma ideal? Vocês já se conscientizaram
que nós nem ao menos temos tomadas de três pinos? Quantos poderiam
pensar que tomadas deste tipo deveriam ser obrigatórias entre nós? Vocês
saberiam dizer como tem sido realizado o aterramento do neutro, pela
concessionária de energia?
Vejam: como o nosso sistema de
distribuição é aéreo, o aterramento do neutro se torna um problema
sério! A concessionária só aterra o neutro, com hastes, nos pontos onde
são instalados os transformadores abaixadores da alta tensão para a
baixa tensão. Somente isso! Mas, e se o ponto mais próximo da nossa
residência estiver a uma distância razoável, como fica?! No passado,
cada poste tinha um aterramento para o neutro, mas por algum motivo
(custo?) isto já não é feito mais e agora é exigido que cada residência
coloque uma haste de aterramento na sua entrada! Sabem, para mim tudo
isto parece uma brincadeira!
Quanto mais aterrado estiver o neutro,
ou seja, quanto maior for o número de hastes enterradas e distribuídas
pela rede, mais facilmente a tensão de passo diminuirá e se anulará!
Temos que aterrar o neutro em todo o lugar possível! Apenas uma haste na
entrada do terreno é absolutamente insuficiente! Creio que a obrigação
do aterramento não deveria recair somente sobre o usuário, mas em
primeiro lugar deveria ser uma função própria da concessionária de
energia! Aqui entre nós, as coisas estão totalmente trocadas,
invertidas!
Nos
EUA e na Europa o sistema de distribuição é todo subterrâneo! E por que?
Porque isto garante uma segurança muito maior. O aterramento do neutro
lá ocorre em todo lugar, o tempo todo, pois há um contato direto da
linha do neutro com a terra durante todo o percurso. E também, se
ocorrer um curto entre fase e neutro, como o sistema já está enterrado,
o risco de qualquer acidente fica drasticamente reduzido. E, nessas
condições, a tensão de passo também fica bastante reduzida!
Mesmo assim, tanto nos EUA quanto na
Europa, apesar do aterramento do neutro ser muito melhor do que o nosso
e apesar de todas as tomadas conterem três pinos, o que possibilita o
aterramento de todos os aparelhos, ainda assim se verifica que a relação
sinal/ruído não é baixa o suficiente para os sistemas de áudio/vídeo. É
por isso que vários dos fabricantes de equipamentos de áudio e vídeo,
como a Hubbell entre outros, por exemplo, recomendam um aterramento em
separado (NBR5410, sistema TT), para abaixar ainda mais o nível de ruído
do sistema. Vocês podem imaginar agora a relação sinal/ruído do nosso
neutro aqui, tão mal aterrado como é? O Ronaldo menciona um valor em
torno de 80dB, para os sistemas com os quais ele trabalha, que considero
razoável, mas na realidade a nossa rede elétrica possui uma relação
sinal/ruído muito pior, em torno de 40 a 60dB, dependendo da região. No
nosso sistema de áudio, este nível deve estar abaixo de 120dB ou mais, e
senhores... no topo do pinheiro isto é audível!! Esta é a razão por que
para nossos equipamentos sensíveis de áudio e vídeo o aterramento TT é
superior ao TN. Porém medidas de segurança adicionais deverão ser
tomadas, como inscrever o aterramento TT no aterramento TN, como o
Ronaldo Merola colocou e ainda colocarmos proteções adicionais entre
terra e neutro.
Apesar de verificarmos muito
desconhecimento nesta matéria, não podemos criticar os especialistas das
outras áreas, como da telefonia, da informática, do sistema bancário,
etc, por criarem seus “fantasmas” de aterramento, à medida que procuram
encontrar soluções tecnicamente viáveis para os seus problemas, pois
todos eles estão tentando fugir desta situação caótica com que nos
deparamos na nossa rede elétrica. Sabem, a maioria faz o melhor que
pode, com o melhor conhecimento que possui, face aos fatos que os
rodeiam, procurando as melhores soluções!
Quanto
ao aterramento TT, separado da malha de aterramento do neutro, colocado
internamente e independente desta malha, é muito apropriado e correto,
porém a sua execução poderá ser um pouco mais difícil de ser realizada
numa construção já acabada. O ideal seria primeiro se fazer a malha
externa, circundando todo o terreno, para depois bater as hastes de
aterramento no meio da sala de som e imagem, para podermos aterrá-la!!
Como vocês vêem, isto seria ideal para quem pretende construir a sua
casa executando o aterramento com a orientação de um engenheiro ou um de
um técnico no assunto, antes mesmo do início da construção. Para
residências com as suas construções já concluídas, poderíamos bater as
hastes deste aterramento no jardim, mas de preferência inscrito no
aterramento do neutro.
Bem, e agora, como fica a questão da
proteção necessária aos nossos sistemas? Este ponto é fundamental! Face
à qualidade do aterramento que o nosso neutro tem, sou de opinião que
deveremos ter uma proteção para possíveis sobre-tensões, tanto para os
nossos equipamentos quanto para toda a nossa casa, principalmente entre
terra e neutro.
Em residências comuns, com apenas uma
haste na entrada aterrando o neutro, uma eventual sobre-tensão advinda
de um possível raio, poderá chegar a níveis ainda elevados e danificar
os equipamentos! Caso alguém faça o aterramento com várias hastes, em
torno da sua casa, para o neutro, como sugere o Ronaldo, o seu risco se
reduz drasticamente. (NBR5410, sistema TN). Mas, mesmo assim, para os
equipamentos da casa, que estão ligados diretamente ao neutro e à fase,
seria bom colocar mais uma proteção, por medida de segurança. Isto vale
também para o aterramento em separado, para a sua sala de áudio e vídeo,
(NBR5410, sistema TT).
Porém não é qualquer circuito de
proteção que funciona adequadamente. Existem dois grandes grupos de
protetores, os que usam componentes em paralelo à rede e os que usam
componentes em série. Para a sua casa, você poderá colocar aqueles que
usam componentes em série, mas infelizmente não poderá usá-los para o
seu som e imagem. Por que? Porque os componentes em série, normalmente
bobinas de ferrite, metalizam os agudos e influenciam negativamente no
resultado final do seu som e da sua imagem. Inclusive marcas famosas,
importadas, utilizam estes componentes e outros, em série, que não são
recomendáveis. É melhor utilizar protetores e filtros que estejam
somente em paralelo com a rede para não acrescentarem coloração para o
seu som e para a sua imagem.
Conclusão
Mostramos aqui, como teoricamente um aterramento deve ser realizado em
linhas gerais, com o aterramento correto do neutro e da realização do
aterramento separado TT para o nosso sistema. Infelizmente a realidade
está muito distante da teoria, em parte pelo próprio sistema adotado no
Brasil. Mas com o tempo e com a nova norma sendo aplicada cada vez mais,
esta situação deverá melhorar com o passar do tempo. Infelizmente não é
o caso dos harmônicos, que estão aumentando constantemente, devido ao
fato do sistema todo estar trabalhando cada vez mais no limite. Espero
que esta bela contribuição do Ronaldo Merola incentive outros a trazerem
suas valiosas contribuições. Conto com vocês!
Coloco meu e-mail à disposição
de vocês: jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Uma
excelente audição a todos, com um excelente terra, aquele abraço e até lá!!
Atenção: Novos estudos e
pesquisas, mostram que a diferença entre a tensão entre fase-neutro
e fase-terra (medido com carga) não devem ser superiores a 1V tanto
em 120V como em redes 230V. Caso não se consiga valores tão baixos,
recomendamos de interligarem o aterramento TT realizado ao
aterramento TN que deve existir na entrada de energia do domicílio
logo após o relógio de medição, como recomendam as concessionárias.
Veja
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Veja também: Perguntas/Respostas
sobre Energia Elétrica - 5a. Parte
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