Número 475
Bons Tempos
2ª. Parte
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Dando continuidade ao
Audiophile News 471, quando escrevi a respeito das caixas
acústicas mais famosas de todos os tempos, de acordo com a revista the absolute
sound, vou citar mais algumas que tive a oportunidade de conhecer e escutar.
© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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Primeiro, gostaria de destacar a genialidade de Paul Wilbur Klipsch.
Insatisfeito com o som dos primeiros sistemas de alto falantes, Wilbur foi um dos
pioneiros em projetos de caixas de alta fidelidade com cornetas de alta
eficiência e baixa distorção. E acreditem, em maio de 1942, Paul construiu as primeiras Klipschorn na sua própria garagem!
Até hoje, a Klipsch produz
caixas acústicas de alta qualidade com uma vasta linha de produtos. As Klipsch
que escutei na casa de um amigo, no início da década de setenta, me
impressionaram
demais, pois tinham uma eficiência de 105 dB, uma corneta, por ele patenteada, para
médios e agudos, e um woofer de 15". Essas caixas ainda continuam a ser
fabricadas, numa nova versão, com alto falantes ainda mais eficientes em termos de
fidelidade e eficiência.
Quando as ouvi pela
primeira vez, fiquei impressionado com a eficiência e a pancada dos graves e,
como elas ficavam posicionadas num canto de parede, a eficiência se tornava ainda maior!
Qualquer amplificador de mínima potência fazia com que soassem com muita
energia e fidelidade.
Outro painel que escutei,
foram as KLH MODEL NINE. Gostei muito da naturalidade e fidelidade que
apresentavam. Em teoria,
a maioria dos benefícios, advindos do princípio eletrostático, está na faixa das
médias e altas freqüências, onde a suavidade, faixa estendida e boa resposta
transitória são difíceis de se obter em um alto falante dinâmico. Temos
também o exemplo das Quad eletrostáticas, dentro do mesmo princípio. O projeto
das KLH NINE
foi um dos poucos que se esforçou para abranger toda a faixa de
freqüências com elementos eletrostáticos. Eu me lembro que, quando bem
posicionadas, davam um bom grave, apesar de ter se mostrado modesto em extensão. No entanto,
estas caixas passavam
uma sensação de reprodução bastante agradável, em toda a gama de freqüências, com excelente
equilíbrio tonal.
Outra caixa que tive o prazer de escutar, foram as Vandersteen model 2. O modelo
2 estreou em 1977 e foi rapidamente seguido pelos modelos 2A e 2B. O modelo 2
mantém o design com quatro drivers e quatro vias, e estes drivers,
provenientes de diversos fabricantes, continuam sempre em constante evolução.
Possuem
um woofer de 10", um falante de 8" para os médios graves, um de 4,5" para
a faixa média alta e um tweeter de 1". Os alto falantes de estrutura
aberta possuem um fechamento em tecido, com excelente acabamento.
A empresa Vandersteen afirma que todos
os seus alto falantes são absolutamente precisos, quanto ao tempo e à
fase, e usa circuitos de crossovers de primeira ordem (6 dB/oitava),
ajustados individualmente, para corresponder ao posicionamento dos falantes, com
medições em câmara anecóica para uma absoluta precisão de fase.
O que mais me chamou a
atenção, foi o palco sonoro, junto a uma transparência sonora e a uma dinâmica
fantástica como poucas vezes ouvi.
Para finalizar, chegou a
vez das AR3a, que tanto me encantaram nos anos 70 e 80. Estas caixas foram baseadas no projeto de
Edgar Villchur, criador do sistema de suspensão acústica, das AR1, com
seu woofer de 12" em suspensão acústica, totalmente vedado, com grande
extensão e linearidade, com um grave seco e extenso, dentro de um volume cúbico
relativamente pequeno. Acho que nunca mais ouvi um grave como este em nenhuma outra caixa,
apesar dos problemas de eficiência.
As AR3a possuíam um médio de 1,5",
tipo softdome, montado em suspensão acústica e um tweeter de 3/4", com
dome de papel, centrado em 3 pontos de silicone. Apesar do tamanho modesto,
estas caixas exigiam amplificadores com potência e alta corrente, pois tinham 86 dB de
eficiência e 4 ohms de impedância, ou seja, não eram fáceis de tocar! Os domos,
montados em magnéticos de alta eficiência, produziam transientes fantásticos,
uma naturalidade incrível e graves que, para mim, com certeza, ficaram para a história do áudio!
Aquele abraço!
PS.1:
Olá pessoal do
Audiophile News! Nós, Flavio Adami e eu, Jorge Knirsch, gostaríamos de
organizar, de tempos em tempos, audições em nossa sala de audição crítica. Vejam
os artigos: A Sala de Audição Crítica
e O Grave é Seco. Caso vocês estejam interessados,
teremos grande prazer recebê-los para escutar música
conosco! Cada grupo terá o número máximo de quatro ouvintes, e serão audições de
confraternização, gratuitas, gostosas e
descontraídas, onde poderemos ouvir boa música e trocar idéias sobre tudo
que envolve o áudio High End. As inscrições serão feitas por ordem de
manifestação, através do nosso grupo de WhatsApp. O encontro do primeiro grupo
ocorreu no sábado,
dia 02/11/19, e foi um tempo muito prazeroso e especial! Fixaremos uma próxima data assim
que houver novas manifestações.
PS.2: Pretendemos, no final de novembro/2019, ministrar mais
um curso de Avaliação Musical. Será nos dias 29 e 30 de novembro, e 01 de
dezembro. Terá início na sexta-feira, às 14 horas, se estendendo até em torno das
18hs. No sábado e domingo, começará às 9hs e irá até às 18hs. No domingo, às 11hs,
haverá uma visita à Sala São Paulo, para ouvirmos música ao vivo e, em seguida,
após o almoço, faremos um teste no LAA, para cada participante
saber que tipo de ouvinte é: sintético ou analítico. O curso comporta
apenas 4 participantes e ainda temos duas vagas. Vejam o
Audiophile News 438
para maiores informações.
PS.3: Abrimos o grupo do Audiophile News no WhatsApp. Caso desejem
participar, informem seu nome e número de celular, que teremos prazer em
acrescentá-los.
Aquele
abraço!
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