Número 459
Os 12 Mais
Significativos Amplificadores de Todos os Tempos
3ª. Parte
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Dando seqüência a esta série, vamos apresentar os quatro últimos amplificadores
listados na publicação veiculada pela revista americana the absolute sound,
edição maio/junho/19.
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Os amplificadores Phase Linear 400 e 700 fizeram parte da minha vida audiófila, durante muitos anos, principalmente pela
sua potência e baixa distorção.
Pesando 21kg e vendido, na
década de setenta, por U$750, com uma saída de mais de 350W por canal, o Phase
Linear 700 definiu o mundo do áudio, como sendo um poderoso amplificador com
baixa distorção. Foi projetado por um jovem, Bob Carver que, na época, possuía apenas 27
anos. Dada à sua notável confiabilidade e à quantidade da
sua, então, gigantesca produção, logo se tornou o favorito dos estúdios de
gravação e também das bandas de rock e de jazz.
Chamou minha atenção a
clareza dos médios e a definição das altas freqüências. Não foi por acaso que o Phase
Linear 700 se tornou o
queridinho da comunidade audiófila, preparando o palco para a ascensão dos
eletrônicos de estado sólido e para a chegada de mais e mais poderosos
concorrentes que surgiram em seguida.
O Phase Linear 400 tinha
as mesmas características sonoras, porém com 200W por canal.
Baixando a potência e melhorando o refinamento sonoro, temos um gigante chamado
Mark Levinson ML-2, um amplificador mono de classe A. Embora sua potência
anunciada fosse de apenas 25W por canal, auditivamente parecia ter muito mais.
Com seu circuito em classe A, o aparelho tinha que ser grande, pesado, gerando,
no entanto, um calor
excessivo, com uma tremenda fome de energia, sugando 400W da
rede mesmo quando em repouso!
Apesar da baixa potência,
é um amplificador capaz de tocar com qualidade sistemas como, por exemplo, as Quad eletrostáticas, pela capacidade que tem de se adaptar a alto falantes de baixa impedância
e pela
tremenda capacidade de corrente que possui.
Fabricado em 1977, pesando quase 30kg, com
uma potência de apenas 25W por canal e uma distorção harmônica total de apenas
0,1%, se tornou o ícone dos amplificadores audiófilos.
Tive a oportunidade de
escutá-lo algumas vezes e, sem dúvida, foi um dos melhores amplificadores classe
A que ouvi, com uma capacidade incrível de tocar qualquer tipo de caixa, e com uma
tremenda autoridade, principalmente nos graves.
Outro que entrou nessa lista, pela qualidade sonora e baixo custo, foi o
Dynaco ST-70, que seguiu o conceito original dos projetos de David Hafler.
Começou a ser
vendido montado, ou em kit, com o nome de Dynakit. Este amplificador possui um circuito patenteado,
de características de excelente desempenho, utilizando componentes de alta
qualidade e transformadores de saída Super Fidelity A-470, os
melhores disponíveis daquele tempo. As especificações avaliadas mostram que o ST-70
é um amplificador de desempenho inigualável, com custo benefício excelente.
A sua alta capacidade de
potência, considerando ser um simples valvulado, e a sua baixa impedância interna,
proporcionam um excelente amortecimento para todos os sistemas de caixas
acústicas. E, devido à alta qualidade dos seus transformadores de saída, garante que a
qualidade de áudio se mantenha, mesmo nos extremos das altas e baixas freqüências.
Com potência de saída de
35W por canal, em 8 ohms, distorção harmônica total de 1%, e utilizando válvulas
EL 34, na saída, foi, sem dúvida, um dos melhores custo/benefício da época, considerando que
foi projetado na década de 50, com aquele som valvulado clássico, macio e
gostoso de se ouvir.
De volta ao passado, após a segunda guerra mundial, várias tecnologias surgiram
no mercado. Entre elas, vários amplificadores não mencionados na
lista dos 12 amplificadores da the abslolute sound, como o Leak Point
One Type 15.
O primeiro Williamson Amplifier,
último mencionado na
lista, surgiu apenas em 1946. Na época, esses amplificadores eram ponta de
lança e representavam a mais alta tecnologia e a mais alta
qualidade possível daqueles tempos. Os preços eram competitivos, em se
tratando do nível tecnológico disponível no mercado. Dois grandes fatores
promoveram o sucesso dos amplificadores da Williamson. Em primeiro lugar, a
simplicidade do circuito, que tornava fácil sua montagem. E, também, o fato de
que os produtores não fizeram mistérios quanto
aos transformadores de saída utilizados, dando o esquema de bobinamento a quantos quisessem
copiá-lo. O amplificador da Williamson foi, portanto, a pedra fundamental de uma
nova era, pois além da sua simplicidade, que marcou a topologia dos novos
amplificadores, também introduziu os transformadores de força, com blindagem de
dispersão magnética e blindagem eletrostática entre primário e secundário.
Com uma potência de 16W
RMS por canal, não fazia muitos milagres, mas foi o início de toda uma geração
de amplificadores, que ficaram para a história do áudio, em termos de qualidade.
PS.: Com o grande sucesso dos workshops de Avaliação Musical, realizados neste
início de ano, iremos oferecer mais um curso, que ocorrerá nos dias 13, 14 e 15
de setembro deste ano. Este próximo workshop lhes permitirá avaliar seu sistema de som e
realizar correções técnicas, além de permitir, a cada participante, saber que
tipo de ouvinte é: sintético ou analítico! Cada curso tem vaga apenas para 4
participantes e a inscrição será por ordem de chegada. Acessem o
Audiophile News 438, para obterem maiores informações.
Aquele
abraço!
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