Número 456
Qual o Elo mais Fraco de um Sistema?
7ª. Parte
Acústica
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Introdução
No
Audiophile News 454,
terminamos a parte básica da isolação e trouxemos as principais técnicas usadas para se isolar um ambiente.
Neste artigo, vamos falar
de tratamento acústico, do qual já temos falado através de vários artigos que estão no
nosso site, em
Acústica.
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Acústica: Tratamento Acústico
O tratamento acústico,
diferentemente da isolação,
trata da adequação do som, dentro do ambiente onde ocorre um acontecimento
musical, executado de forma acústica ou eletrônica, de maneira de oferecer
a melhor audição possível. Conforme o ambiente e o
objetivo a que se propõe, o tratamento acústico muda. Assim, podemos definir duas grandes
categorias de ambientes:
Ambientes acima de 300m3, ou salas grandes e
Ambientes
abaixo de 300m3, ou salas pequenas.
Às salas grandes, nos referimos às salas de shows, aos grandes auditórios, salas de
concerto, entre outras. Às salas pequenas, nos referimos aos estúdios,
técnicas, salas de masterização, salas de home theater, salas de audição, salas
de audição crítica e outras. A fronteira de 300m3, entre estas duas
categorias,
foi definida por nós conforme nossa experiência em tratamentos acústicos. No passado,
adotávamos 200m3, mas percebemos ser necessário aumentar este limite para que a
diferenciação fosse maior. A razão para esta diferenciação é que a
problemática do tratamento acústico é muito diferente, entre estes dois tipos de
ambientes, pois são dois mundos técnicos pouco parecidos.
Em
salas grandes, a principal problemática é não perder agudos, ao longo do
comprimento da sala, e manter o tempo de reverberação (RT em segundos) alto e
plano, entre outras características importantes. No entanto, as salas pequenas possuem ondas
estacionárias no campo audível, o que não ocorre com as salas grandes, onde as
estacionárias estão normalmente abaixo
de 20Hz. E o tempo de reverberação das salas pequenas precisa ser muito mais baixo
e equilibrado do que o das salas grandes.
Abaixo, coloco todos os artigos importantes, que já escrevemos, a
respeito de acústica:
A Acústica e o Áudio High-End
Dicas Gerais - Acústica - Parte 2
Qual a Melhor Sala Para se Ouvir Música? 1º Parte
Sala de Audição Crítica
Palestra na Faculdade Impacta de Tecnologia
Em salas grandes, ocorre uma perda de agudos, em alguns dB´s, a cada 20m, de forma
que é um desafio garantir que os ouvintes, sentados mais afastados do palco,
ainda consigam ouvir os violinos, e todos os instrumentos com alto teor de
agudos, nos timbres corretos. Por isso, a absorção deve ser mantida a menor
possível. Porém, por outro lado, as poltronas da sala devem promover uma
absorção igual à do corpo humano, para não criarem grandes variações no tempo de
reverberação da sala, com a ocupação ou não de ouvintes no ambiente. Outro aspecto
importante é que o tempo de reverberação deverá estar acima de 2,0s, para que a
reprodução de música acústica seja a mais agradável possível, além de que o RT
precisará ser plano, até ao menos 1KHz, aspecto que poucas salas de concerto no mundo
atendem. Escrevemos um artigo a respeito do grande desafio na construção de
salas de concerto e o correspondente tratamento acústico:
Sala Viva,
Sala Morta, Sala Seca.
Já, nas salas pequenas, a
problemática é muito diferente! Face às menores medidas do ambiente, se formam
ondas estacionárias axiais, que se situam acima de 20Hz, (diferentemente das salas
de concerto onde, face às suas maiores dimensões, estas ondas não são audíveis), e se
tornam muito audíveis, tornando o grave distorcido, retumbante e pouco definido.
O grande desafio, no tratamento acústico de salas pequenas, é conseguir um
grave seco, limpo e bem definido. Outro aspecto importante é obter um
tempo de reverberação mais baixo do que o das salas de concerto, e é muito importante
que seja plano, inclusive acima de 1KHz, algo que em salas de concerto não é possível se obter. No próximo artigo, vamos falar um pouco de cada
tipo de sala
pertencente ao grupo das
salas pequenas.
PS.: Com o grande sucesso dos workshops de Avaliação Musical, realizados neste
início de ano, iremos oferecer mais um curso, que ocorrerá nos dias 13, 14 e 15
de setembro. Temos ainda 3 vagas. Este próximo workshop lhes permitirá avaliar seu sistema de som e
realizar correções técnicas, além de permitir, a cada participante, saber que
tipo de ouvinte é: sintético ou analítico! A inscrição será por ordem de chegada. Vejam o
Audiophile News 438, para obterem maiores informações.
Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!
Novo
powerline Audiófilo lf-120
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