Número 441
52 Anos de História
Mídia
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
A feira de
eletrônicos de Las Vegas, a CES (Consumer Electronic Show), é considerada
histórica pelos seus 52 anos de existência. Por três décadas, até 1997, havia duas edições por
ano: uma em janeiro e outra em junho, em cidades diferentes.
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Em 1998, Las Vegas passou a ser a única cidade sede da CES. O número de
visitantes, que começou com 17.500, superou os 156 mil no ano passado, e o número
de expositores aumentou mais de 15 vezes.
Na primeira edição, em
1967, a feira era bem simples, mostrando os velhos televisores de tubos,
instrumentos musicais e acessórios diversos. Os equipamentos considerados
high end só começaram a surgir a partir de 1971. Na edição de 1975,
começaram a aparecer os primeiros vídeos cassetes Betamax da Sony. Apesar das
fitas terem sido de tamanho compacto, não vingaram e praticamente foram substituídas pelas VHS.
Em 1976, os stereo receivers dominavam o mercado de áudio
mais popular. Em 1977, a RCA, em parceria com a JVC, apresentou o vídeo cassete
VHS, que se tornou sucesso de mercado, enterrando de vez o Betamax. O player
laserdisc foi apresentado ao mundo na edição de 1979 e durou até o
surgimento do DVD. Na edição de 1980, as TVs Trinitron, da Sony, despontavam no
mercado como a imagem de alta qualidade para a época. E, em 1981, surgiram os
primeiros televisores portáteis como, por exemplo, o de 10" da Magnavox.
O ano de 1982 marcou a
estréia do Compact Disc, sendo os primeiros modelos da Phillips e da Sony. As
TVs de retro projeção
foram admiradas pelos visitantes da CES no ano de 1984. Em
1992, as TVs Widescreen, em pouco tempo, conquistaram o consumidor. E a TV Wega
(Sony), de 21", lançada em 1998, inaugurou a era das telas planas. Em 1997,
começaram a surgir as primeiras televisões de plasma, sendo a principal marca a
Fujitsu, inaugurando um nova era de imagens de alta resolução.
Antes da CES, já havia
o New York Hi Fi Show desde 1950. E, em 1962, havia duas marcas sem
concorrência, a Marantz e a McIntosh. Os Marantz 9, monoblocos de 70 watts RMS valvulados, o
power 8B e o pré 7 eram a coqueluche do audio high end da época. Os
McIntosh power 240 e 275, e os prés C20 e C24 disputavam com a Marantz o título de
melhores da época. Caixas como Wharfedale, JBL, AR e Tannoy também
dominavam o mercado naquele tempo.
Atualmente, vivemos uma
outra realidade. Temos as TVs QLED e MicroLed Samsung; a TV dobrável da LG e as
novidades da Sony; os novos robôs assistentes da Samsung; o Royale Flex,
primeiro celular dobrável do mundo; o IA (Inteligência Artificial) da IBM, que
consegue debater os prós e os contras de qualquer assunto; o veloz SSD Optane
Memory H10, da Intel, de altíssima velocidade; e mais uma enxurrada de tecnologias
de última geração.
Quando estive na CES, em
1997, havia praticamente um prédio inteiro voltado para o audio high end.
Atualmente, a feira diminuiu muito, mas ainda continua com os espaços cheios de
loucos apaixonados como nós. O vinil e agora também a fita magnética continuam dando uma surra no
digital e, como eu já havia dito, um bom sistema de som, com as caixas bem
posicionadas, proporciona um palco sonoro que nenhuma televisão, por mais moderna que
seja, consegue reproduzir, apresentando aquela sensação incrível de presença física!
Boas audições a todos! E conto com vocês nos próximos cursos de Avaliação
Musical! Tanto o primeiro a ser realizado, em 15, 16 e 17 de março como o
segundo, que ocorrerá em 29, 30 e 31 de março contam com uma vaga
disponível.
Aquele
abraço!
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