Número 426
Uma Visita a NYC
Equipamentos e Cabos
Samy
Waitzberg
waitzberg@gmail.com
No começo do
mês de setembro, fui a Nova York com duas intenções principais: assistir ao
US Open (de tênis)
e escutar diversas caixas acústicas e eletrônicos. As duas coisas foram muito
divertidas de se fazer, com a exceção de que não consegui ver Roger Federer (ele
perdeu na véspera da minha viagem).
© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os
direitos reservados
https://www.byknirsch.com.br
Logo no primeiro dia, a primeira parada foi na
NoHo Sound,
onde ouvi as caixas
TAD Micro Evolution ME1.
São bookshelves japonesas de USD$ 14.000,-/par com os stands,
e soam incrivelmente bem. Muito naturais e lineares. Elas são 3 vias, com
tweeter e mid concêntricos, e têm inusitados dutos laterais para
saída de ar, chamados Bi-Directional ADS (Aero-Dynamic Slot), ao
invés de dutos traseiros. As caixas são maravilhosas, a minha única critica
seria a falta de extensão de graves, que é boa mas não imensa, mas creio que isso
é "esperado" em uma bookshelf com woofer de 6.3”. Estava
acompanhado do meu amigo Mor Mezrich, que é engenheiro de som e produtor lá em
Nova York, e da minha namorada Aline.
Em seguida, ouvimos as
caixas
DeVore Fidelity Orangutan/96
(USD$ 10.000/par),
floorstanders com um woofer de papel de 10" e um tweeter soft dome de 1”. Gostei
muito também, embora tendo ouvido as TAD antes, achei-as um pouco inferiores em
termos de clareza nas médias/altas. Não que sejam ruins, apenas um pouco mais
coloridas e menos precisas do que as muito transparentes TAD. Por outro lado,
apresentam graves levemente mais encorpados. Escutamos também as
Focal Sopra 1,
(USD$ 8.000,-/par) bookshelves de duas vias da famosa marca francesa. O som não é ruim, mas para
mim ficou um pouco abaixo das demais. Os agudos soaram mais realçados e menos
refinados do que as anteriores, e os graves não chamaram a atenção. Todas as
caixas acústicas na
NoHo Sound
foram ligadas ao sistema: Sonos Connect (Tidal), DAC da Auralic Vega, integrado
MA5200 da McIntosh, se não me falha a memória, e ao McIntosh MC275.
Saindo de lá, a próxima parada foi na
Park Avenue Audio,
cujo dono, Dennis, eu havia conhecido meses antes na
CanJam NYC
(convenção de headphones). Ele me mostrou caixas de uma marca suíça muito
interessante, a
Boenicke Audio.
Elas são estreitas e parecem maciças à primeira vista, mas o Dennis me explicou
que elas têm dutos internos cavados na madeira. Elas têm um look muito diferente
do que estamos acostumados, mas o som não fica atrás de marcas famosas high end.
Som quente e presente, que preenche bem o ambiente. A marca oferece modelos de
caixas grandes, médias e pequenas. As últimas, aliás, são opções bastante
interessantes pra quem tem pouco espaço e quer algo visualmente bacana. Lá
também ouvi o
headphone Utopia, da Focal,
que estava pensando em adquirir (apesar do seu preço salgado de 3 a 4 mil
dólares). Porém o senti um tanto agressivo nos agudos e pesado na cabeça,
então adiei essa compra.
A próxima e última parada
do dia foi na
Rhapsody Audio,
loja do Bob Visintainer, que nos recebeu muito bem, e onde ouvi alguns dos
equipamentos mais high end em Nova York. Comecei com as
caixas Magico A3 (USD$
9.800,00/par),
que estão no meu radar por serem Magico com um preço "acessível". Gostei muito
delas, são torres que têm um som bastante "grande”, imponente e com ótimo
detalhamento. Têm a assinatura sonora da Magico, um som talvez "americano". O
único ponto negativo que observei nelas foi uma certa proeminência nos agudos,
um tanto bright (as caixas estavam viradas para o centro com toe in - talvez
soassem menos brilhantes se estivessem sem toe in. Lá também escutei as
M3, também da Magico (USD$
75.000,-/par).
Elas têm uma assinatura sonora parecida com as A3, como era de se esperar, porém
com agudos mais refinados e maior controle no geral. Mas certamente não são 7,5
vezes melhores que as A3! O Bob ainda me deixou escutar as
torres X-5 da Rhaido, custando 27.000,-
€,
elas têm um som mais macio, eu diria, do que as Magico. Mais "europeu", talvez?
Agradável decerto, porém pra mim faltou transparência e um certo ataque, aos
quais meu ouvido tinha se acostumado momentos antes.
Todas, até então, estavam
sendo “empurradas” por um
amplificador integrado Soulution 530 ($ 50.000,-).
Veja
Audiophile News 358. Até que, por fim, escutei as
caixas Satya ($ 145.000,-/par), da marca suíça Goldmund.
A marca se especializa em caixas ativas (com amplificação própria) e sem fios,
para quem quer um som audiófilo sem ter que se preocupar com cabos e outros
eletrônicos. Achei o som delas excelente, muito agradável e não fica atrás das
caixas passivas que ouvi, pelo contrário, fica na frente de muitas. Além de
amplificadores embutidos, elas também têm DACs e podem receber streaming a
partir de um dongle USB ou transmissor Goldmund.
Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!
TOP Wonder Excellence RCA Digital
Não desejando mais receber Audiophile News
responda a este e-mail com a palavra descadastrar.
|