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  Uma Entrevista com Jorge Knirsch

Veja o teste:
 do
 
powerline Audiófilo lf-115
 
 https://www.youtube.com/watch?v=ktB4C4k4EyY

 
  Veja os comentários de Fernando Sampaio (RJ) a respeito de fiação sólida e aterramento do neutro.
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Número 413

Música em Levitação
2a. Parte

Equipamentos e Cabos

Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br

         

          Realmente, o Audiophile News está trazendo a vanguarda do áudio! Isto, de um lado, devido às recomendações de nossos leitores e, de outro, por causa das assinaturas das várias revistas internacionais que temos. Em abril deste ano, no Audiophile News 400, o Flávio Adami havia traçado alguns comentários sobre uma nova tecnologia, que ainda estava em estudo, a respeito da levitação de pratos de toca discos, isto por indicação de um dos nossos leitores. Mas, agora, na edição de julho/18, a AUDIO alemã publicou o teste realizado com o primeiro toca disco comercial, com prato em levitação, que foi lançado no mercado. Quero apresentar, de forma resumida, este teste, aqui para vocês, pois existem alguns aspectos muito interessantes a comentar.

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          O esloveno Damir Islamovic vem estudando levitação magnética desde 1980. Após muitos desafios e experimentos, fundou a MAG-LEV Audio, a empresa eslovena que trouxe o primeiro toca disco comercial com prato em levitação, o ML1, que custa 2.500,00 euros.


          O primeiro desafio que Damir enfrentou foi descobrir como fazer o prato levitar. Para isto, fixou 21 imãs permanentes em baixo do prato de plástico. Na base do toca discos, colocou bobinas que, juntamente com os imãs permanentes do prato, permitiam o início da levitação. Porém, o prato escorregava para o lado e não ficava na posição correta. Para resolver o problema, os 21 imãs permanentes foram mudados de posição, colocados agora em forma cônica, de maneira a formar uma cunha, com relação às bobinas da base, o que permitiu que o prato se mantivesse no seu devido lugar. Assim, a levitação do prato, em torno de 3,5cm acima da base, ficou garantida.
          O segundo grande desafio que Damir e sua equipe enfrentaram foi conseguir dar ao prato a rotação em 33 1/2 e 45 r.p.m. para tocar vinis. Para tanto, colocaram 10 bobinas, que se ligavam e se desligavam, em seqüência, criando a rotação do prato. O controle da rotação foi conseguido através de um sistema ótico, que usa dois LED´s de infravermelho, com um receptor na base do toca disco e 9 pequenos espelhos na parte inferior do prato. Este sistema todo não consome mais do que 2 a 3W. Realmente incrível!
          O próximo desafio enfrentado foi descobrir como trocar o vinil! Evidentemente, com um prato flutuando no ar, isto não seria possível. Assim, tiveram a idéia de estacionar o prato, apoiando-o sobre quatro pinos que saem da base e sobem até a altura certa para conseguirem sustentá-lo. Desta forma, o prato fica firme, em cima dos quatro pinos, e somente depois disto é que os campos eletromagnéticos se desligam, permitindo a troca do vinil com facilidade.
          Outro desafio que teria que ser solucionado foi com relação ao caso de ocorrer uma repentina falta de energia, pois o prato cairia em cima da base do toca discos e poderia se danificar. Para resolver este problema, instalaram fortes capacitores, no interior da caixa de alumínio onde a base do toca discos fica apoiada, para proverem a levitação, durante o tempo em que os pinos de sustentação estariam subindo para segurar o prato, garantindo toda proteção.
          Caso vocês queiram maiores informações, no youtube há muitos vídeos a respeito deste toca disco, como, por exemplo, este indicado abaixo:
 

https://www.youtube.com/watch?v=Ky0D00iyHAA
 

          No teste realizado pela AUDIO, alguns aspectos importantes foram levantados. Os campos magnéticos, em torno do aparelho, são muito fortes, de forma que o toca disco ML1 não pode ser instalado em qualquer local. Por exemplo, se colocado em cima de uma chapa de ferro, de aço, ou de níquel, haveria um problema crítico, pois estes metais causariam perturbações nos campos magnéticos, o que alteraria o bom funcionamento do aparelho. Metais como cobre e alumínio, embora, neste caso, sejam metais não críticos, poderão também interferir, se estiverem próximos ao aparelho, devido à formação de correntes parasitas. Portanto, nenhum destes materiais poderão ficar próximos ao toca disco.
          O braço do ML1 é da Pro-Ject, o 9cc, com 9" de comprimento, todo feito de carbono. A cápsula que acompanha o toca discos é uma cápsula MM, da Ortofon, modelo OM 10. Como os fortes campos magnéticos do prato poderiam influir na cápsula, uma chapa de aço foi instalada sobre o prato, para minimizar esta influência. Porém, os testes mostraram que não é viável usar cápsulas MC, pelo baixíssimo nível do sinal que elas têm, o que alteraria a reprodução. Assim sendo, o ML1 não foi considerado um aparelho de classe High End, embora tenha recebido, da revista, 80 pontos de qualidade sonora, já acima de muitos toca discos convencionais. No entanto, seu preço permanece um pouco salgado. Mas não deixa de ser um grande avanço tecnológico, onde muitas novidades, com certeza, estarão vindo aí pela frente!

          Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!

          

TOP Wonder Excellence RCA Digital


 

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