Número 412
Os Sopros do Jazz
2a. Parte
Instrumentos Musicais
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Dando
continuidade ao sopros do jazz, farei comentários a respeito de mais um
importante instrumento dos famosos jazzistas.
© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os
direitos reservados
http://www.byknirsch.com.oroaa
O trompete, pertencente à família dos metais, entre todos, é o que produz o som mais
agudo. Basicamente, é constituído de um tubo de metal cilíndrico, em três quartos da sua
extensão, que se torna cônico e termina numa campana. O bocal, localizado do
lado oposto da campana, pode possuir diferentes formatos e, quanto mais raso,
mais facilmente os registros altos poderão ser tocados. Esse instrumento possui pistões ou chaves, que
controlam a distância a ser percorrida pelo ar no seu interior.
O ar também é controlado pela pressão dos lábios e pela velocidade com que é
soprado no instrumento.
A maioria dos modelos
modernos de trompete possui três válvulas de pistão, cada uma delas aumentando
o comprimento do tubo e, por conseqüência, abaixando a altura da nota tocada.
Dos instrumentos musicais, depois da voz humana, pode-se dizer que o trompete é um
dos mais antigos. Nasceu da necessidade que os pastores tinham, de conduzir os seus rebanhos, e
era usado também para assustar os animais intrusos e para afastar os maus
espíritos. Naquela época, os trompetes não tinham afinação, nem escalas, e
eram feitos a partir de tubos de cana, bambu, madeira, ossos e conchas.
Dentre os trompetistas
mais cultuados, com certeza, temos Chet Baker (1929-1988), que possuía uma
sonoridade maravilhosa, e Miles Davis, que fez parte da antológica gravação
Kind of Blue de 1959. Podemos também destacar o genial Dizzy
Gillespie, com suas bochechas protuberantes, que tocava um trompete com formato
inusitado, com a corneta virada para cima e que, normalmente, utilizava a
surdina adaptada à campana.
Outro destaque, sem dúvida,
é Wynton Marsalis, que foi o mais jovem músico da história a ser eleito melhor
solista de jazz por três vezes consecutivas. Outra proeza de Marsalis foi vencer, num mesmo
ano, as categorias jazz e clássico do Grammy.
Outro grande gênio foi,
sem dúvida, Louis Armstrong. No início, tocou em formações bastante variadas,
tanto de
grandes bandas, quanto de grupos pequenos. Armstrong também acompanhou damas do Jazz como,
por exemplo, Bessie
Smith, no início dos anos trinta, década que marcaria sua maturidade artística,
distanciando-o dos improvisos grupais típicos do jazz de New Orleans.
A surdina, adaptada à campana do trompete, tem a finalidade de abafar o som. Ao
interceptar as vibrações da coluna de ar, que saem pela campana do instrumento,
ela absorve parte da energia sonora e faz com que o volume sonoro diminua,
proporcionando uma sonoridade mais suave, acrescentando sons harmônicos ao
timbre do instrumento. Foi muito utilizada nas grandes bandas de jazz, compondo
um naipe de trompetes.
O trompete tem uma
variação de formato muito conhecida, o flügelhorn, que é um instrumento de
sopro, que possui uma campana consideravelmente mais longa, ampla e aberta do
que a do trompete, e possui um trecho cilíndrico também comparativamente maior.O flügelhorn
possui uma sonoridade cheia e suave, e foi executado por vários mestres, entre
eles Art
Farmer e Chuck Mangione. Chuck lançou mais de trinta álbuns, desde 1960, e tocou
com os maiores nomes do jazz. Da nossa coleção de vinis, destacaria o LP de Chuck
Mangione, intitulado fells so good, da Mobile Fidelity, original master
recording, uma excelente gravação onde o instrumentista mostra toda sua
genialidade.
No próximo Audiophile
News comentarei a respeito de outro instrumento sensacional, que é o trombone.
Ótimas audições a
todos! Aquele abraço!
Não desejando mais receber Audiophile News
responda a este e-mail com a palavra descadastrar.