Número 377
Uma Nova Revolução
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
O grafeno é uma das formas
cristalinas do carbono, assim como o diamante, o grafite, e os nanotubos de carbono,
também chamados fulerenos, que são moléculas estruturadas na forma de gaiolas. Esse
novo material, grafeno (figura 1),
pode ser considerado tão ou mais revolucionário que o plástico e o silício.
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Quando de alta qualidade, costuma ser muito forte,
leve, quase transparente, e um excelente condutor de calor e de eletricidade.
É o material mais forte já desenvolvido, consistindo em uma folha plana de
átomos de carbono, densamente compactados, em uma grade apenas de duas dimensões.
Na prática, o grafeno é o material mais forte, mais leve e mais fino que
existe, com a espessura do átomo. Para se ter uma idéia, 3 milhões de
camadas de grafeno formam uma placa de apenas 1 milímetro de altura.
O Prêmio Nobel de Física,
de 2010, foi atribuído a dois cientistas russos, Andre Geim e Konstantin Novoselov,
ambos da
Universidade de Manchester, Reino Unido, por experiências inovadoras em relação ao grafeno. Mais recentemente, empresas de semicondutores vêm realizando testes, a
fim de substituir o silício pelo grafeno, devido à sua altíssima
eficiência, em comparação ao silício.
Em teoria, um
processador, ou até mesmo um circuito integrado, produzidos com grafeno, poderiam chegar a mais
de 500GHz. Enquanto que os circuitos integrados que conhecemos,
produzidos com silício, por sua vez, trabalham abaixo de 5GHz. O uso do grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e
eficientes. E é tão bom condutor, que ainda não se sabe como fazer com que
pare de conduzir. Um grupo de cientistas chineses desenvolveu uma placa
fotovoltaica, que é capaz de produzir energia a partir dos raios solares, e
também das gotas de chuva, sendo eficiente, independentemente das condições
climáticas, graças ao grafeno.
Uma das aplicações mais
recentes do grafeno foi a criação, em laboratório, de supercapacitores
que podem ser utilizados em baterias, e que se carregam mil vezes mais
rápido
que as atuais baterias.
O óxido de grafeno também pode extrair substâncias radioativas das
soluções de água. A descoberta do fenômeno deverá possibilitar a
purificação da água, incluindo águas subterrâneas, contaminadas por
radiação, tal como ocorreu na área afetada pelo acidente nuclear de
Fukushima.
Essa descoberta,
combinando grafeno e uma geometria inovadora, criou um material mais
resistente que o aço, mas com apenas 5% de densidade. A expectativa é
que materiais criados, utilizando essa tecnologia, sejam usados na
produção de
aviões, carros, e até em grandes construções, podendo suportar muito
maior pressão.
O grafeno pode ser
considerado um material de 1001 utilidades, tão ou mais revolucionário
que o plástico ou
o silício. Já é considerado um elemento que irá revolucionar a indústria tecnológica, como um todo, devido
à sua
resistência, leveza, transparência e flexibilidade, além de ser um super
condutor de eletricidade, tão bom quanto o cobre.
Nós, audiófilos,
esperamos que esse material possa brevemente chegar aos nossos sistemas.
Que sirva, quem sabe,
para desenvolver circuitos ultra rápidos e cabos de alto desempenho,
visando uma fidelidade sonora cada vez maior.
Ótimas audições a
todos! Aquele abraço!
Placa de grafeno de 1mm de espessura.
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