Número 373
O Passado Presente
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Existem várias
marcas que se tornaram consagradas, nesse mundo do áudio e vídeo, porém, gostaria
de ressaltar uma em especial, que é quase uma unanimidade em relação às
velhas e novas gerações.
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A marca JBL, talvez o mundo todo conheça. Continua fabricando produtos
de ponta, principalmente voltados para as novas gerações, como é o
exemplo daquela caixinha milagrosa chamada Flip 3 (veja o
Audiophile News 339),
que habita a maioria dos lares e faz parte do dia a dia de todos
aqueles que gostam de uma nova tecnologia. Produtos desenvolvidos para
automóveis de luxo, também fazem parte dessa nova geração de projetos
diferenciados, e toda uma gama de produtos de áudio high end.
Entretanto, talvez a maioria dos jovens, nos dias de hoje, desconheça o
nome que existe por trás dessa sigla JBL tão famosa. James Bullough
Lansing. A JBL é uma companhia americana, de produtos eletrônicos,
pertencente a Harmann International que, hoje, faz parte do grupo
Samsung. Foi fundada em 1946, e seus principais produtos são alto
falantes, caixas acústicas e eletrônicos. Há duas divisões independentes
na companhia: a JBL Consumer e a JBL Professional. A primeira produz
equipamentos de áudio, para o mercado consumidor doméstico, e a outra
divisão produz equipamentos profissionais, para estúdios, shows e salas
de cinema.
James B. Lansing fundou a JBL um ano depois de deixar a Altec Lansing,
como vice presidente de engenharia, em 1945. A empresa foi chamada
inicialmente de Lansing Sound ,Inc, a partir de 1 de outubro de 1946 e,
mais tarde, mudou seu nome para James B Lansing Sound. Os primeiros
produtos foram o alto falante modelo D 101, de 15", e o driver de
alta freqüência, modelo D 175, que permaneceu no catálogo até a década
de setenta. Ambos eram cópias próximas dos produtos da Altec Lansing. O
primeiro produto original foi o D 130, um falante de 15", do qual uma
variante permaneceria em produção nos próximos 55 anos! Depois,
outros produtos, os D 131, de 12", e os drivers de cone D 208, de 8", todos
equipados com poderosos magnéticos de Alnico. Um dos pontos chave, para o
desenvolvimento inicial da JBL, foi a estreita relação comercial da Lansing com seu fornecedor primário, de material magnético Alnico, Robert
Arnold da Arnold Engineering.
James Lansing foi reconhecido como um engenheiro genial e inovador, mas
um pobre empresário sem tino administrativo. Durante os três anos seguintes, Lansing lutou
para pagar faturas e enviar produtos. Em conseqüência da deterioração
das condições dos negócios, e de problemas pessoais, cometeu suicídio em
setembro de 1949.
A caixa de estúdio, da série JBL4320, foi introduzida através da Capitol
Records, em Hollywood, e tornou-se a caixa padrão no mundo da empresa EMI.
A introdução da JBL, ao rock and roll, veio através da adoção do
alto falante D 130, pela Fender Guitar, de Leo Fender, como o
driver ideal para guitarra elétrica. Em 1977, muitos estúdios de
gravação usavam caixas JBL, mais do que todas as outras marcas
combinadas. A JBL tornou-se um fornecedor proeminente para a indústria
de som, para turnês de rock e festivais de música.
Tenho boas recordações da JBL Paragon (primeira foto do artigo), na década de setenta, e a coisa
continua, como por exemplo, o modelo Everest DD 66000 (segunda foto do
artigo), que permaneceu por
muitos anos como top da classe referência da revista AUDIO alemã.
Essa foi a história de um grande gênio, que deixou um legado para todas
as gerações do áudio, do passado, presente e futuro.
Ótimas audições a
todos! Aquele abraço!
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