Número 371
Uma Nova Surpresa
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Ao longo desses
anos, a sala de audição crítica do Jorge Knirsch (Sala
de Audição Crítica) tem sido um elemento
de grande valia para análise de equipamentos de áudio. O baixo tempo de
reverberação favorece a avaliação de equipamentos, pois os detalhes aparecem com
maior evidência, o que facilita uma audição mais acurada.
© 2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os
direitos reservados
http://www.byknirsch.com.br
Há cerca de 5 anos, a sala havia adquirido um cd player Accustic Arts MK 3,
um produto alemão com um som macio e refinado, que
logo nos impressionou pela musicalidade.
Audiophile News 99. Mas, com o passar dos anos, percebemos que a reprodução
havia
perdido um pouco da sua capacidade de detalhamento.
Audiophile News 323.
Assim, pusemos no
seu lugar um Yamaha S3000 que, no início, nos causou uma impressão muito boa, com uma textura, um recorte, uma extensão de graves e um
detalhamento impressionantes.
Audiophile News 326.
Naquela ocasião,
como havíamos constatado que o leitor do Accustic Arts estava cansado,
desgastado pelo tempo de uso, resolvemos substituí-lo por um novo leitor ótico, original,
que estava guardado, conosco, havia 4 anos. Mas, com a troca, notamos alguns problemas de leitura,
pois a lubrificação dos centros de rotação do novo leitor estava um
pouco ressecada e os eixos meio emperrados. Desta forma, por um bom tempo,
o Yamaha continuou reinando absoluto no sistema.
Há
questão de uma semana, voltamos a
escutar o Accustic Arts, talvez mais por curiosidade. Depois, com o intuito de fazer um comparativo mais
preciso entre os dois cd players. No começo, o Accustic Arts ainda apresentou alguns problemas
de leitura mas, com o uso mais constante, esse novo leitor mostrou "prá
que veio" e não apresentou mais falhas. Depois de algumas horas de
audição, começou a surgir aquilo que é fundamental em qualquer
equipamento de áudio, ou seja, a musicalidade!
O
Yamaha tem algumas características marcantes, como recorte e textura, que chamam a
atenção, entretanto apresenta um som mais seco e com alguma falta de
calor. Por outro lado, o Accustic Arts, soberbo no calor, na musicalidade,
nos embala naquela fundamental falta de vontade de tirar qualquer cd,
antes que ele toque até o
final. Os pianos soam cheios e com harmônicos superiores, e a dinâmica
também faz diferença na reprodução, trazendo uma melhor sensação de
música
ao vivo.
Essas avaliações são de fundamental importância. E também servem para
mostrar que os nossos ouvidos, as vezes, nos deixam enganar por uma
novidade. Novidade esta, por sinal, muito bem avaliada pela revista Áudio alemã, e que
não deixa de ser um excelente produto. Entretanto, o Accustic Arts se
mostrou levemente superior em todos os itens da avaliação, apresentando uma
reprodução, eu diria, mais analógica, sem os males da "digitalite" aguda.
Mas, em todo caso, essas comparações não deixam de ser uma briga de cachorro grande!
Ótimas audições a
todos! Aquele abraço!
Não desejando mais receber Audiophile News
responda a este e-mail com a palavra descadastrar.