Número 359
Realmente Não Tem
Jeito
Mídia
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Recebemos um grande lote de vinis clássicos, vindos de um colega e,
após selecionarmos os melhores e passá-los por um processo de lavagem, começamos a escutá-los.
© 2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os
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Como audiófilo e, principalmente, como apreciador de música, convivo muito
bem com as gravações analógicas e também com as digitais. Mas, ouvindo
com atenção os vinis de música clássica, chegamos à conclusão que a
diferença de qualidade de áudio do analógico, quando comparado ao
digital, é enorme, principalmente no que tange
aos itens corpo harmônico (Audiophile News 216)
e textura (Audiophile News 212).
Isso fica ainda mais patente ao ouvirmos música clássica, principalmente
devido à riqueza harmônica dos instrumentos de uma sinfônica.
Tanta coisa foi inventada,
desde o surgimento do cd, como HDCD, SACD/DSD, K2, MQA DVD-A, BLU RAY
Áudio, e tantas outras tentativas de salvar o processo digital
foram feitas. No entanto,
na minha opinião, este processo já nasceu meio fracassado, se apoiando na praticidade,
tempo maior de registro e ausência de chiados. Mas, paralelamente a isso,
temos constatado que os
novos toca discos, as novas cápsulas e os prés de fono também deram um
salto gigantesco e, ao meu ver, foram a pá de cal em cima do cd.
O vinil voltou a
fazer sucesso e já é responsável por mais de 5% do total de vendas
físicas de álbuns. No Reino Unido, no final de 2016, chegou a
ultrapassar o valor de vendas, em downloads de discos, e é o décimo
primeiro ano consecutivo de alta nos EUA, e o nono na terra dos Beatles.
Na verdade, o vinil opera mundialmente em alta, desde o ano 2000.
Recentemente,
uma pesquisa mostrou a potência do mercado de vinil para o ano de 2017.
Os números são estratosféricos! Deverão ser vendidas 40 milhões de
unidades. E a cadeia da indústria do vinil, considerando a venda de discos,
toca discos e acessórios, chegará, pela primeira vez, após os anos
oitenta, a 1 bilhão de dólares. Novas fábricas estão se abrindo,
inclusive no Brasil, outras têm se remodelado e se ampliado, fora o que foi mostrado no CES
2017, a maior feira de eletrônicos do mundo, sobre os novos modelos de
toca discos, a serem vendidos a partir deste ano, como também sobre as cápsulas,
agulhas, preamps, etc.
O vinil deverá representar quase 20% do mercado de música física, e
contribuir com 7% dos 15 bilhões de dólares que o mercado global de música
espera (streaming e física).
A
demanda por vinis é mundial. Nos Estados Unidos, em 2016, foram vendidos
6,2 milhões de discos. Os dados mostram que a venda
de vinil tem crescido, enquanto que a de cds tem caído vertiginosamente.
Tenho respeito pelos novos processos digitais de gravação, que evoluíram muito
ao longo dos anos. Reconheço a boa qualidade, a praticidade, a ausência de chiados
e pipocas, o tempo e a duração, e tudo mais que nos é oferecido.
Entretanto, com relação à qualidade sonora, creio que é melhor começarmos a repensar
um pouco sobre a nossa forma de escutar música.
Ótimas audições a
todos! Aquele abraço!
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