Número 345
Simples e
Fundamental
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Costumo dizer que a corrente elétrica que circula em nossos equipamentos de
áudio tem muito a ver com o sangue que corre em nossas veias. Se estiver
contaminado, com certeza nos deixará muito doentes, ou nos levará à morte.
© 2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os
direitos reservados
http://www.byknirsch.com.br
Estes exemplos, que estou dando, são aqueles que podem deixar o sistema
acertado e soando com qualidade, sem prejudicar nossos bolsos.
Com relação à
energia elétrica, um bom filtro de rede e um aterramento podem fazer a
diferença no resultado final. Os cabos de força de boa qualidade
transportam a energia com muito mais limpeza, e uma boa limpeza na rede
elétrica significa melhor palco sonoro e, também, uma sensação mais
precisa da presença física dos músicos e cantores.
Nosso Laboratório de Acústica e Áudio em 2012.
Volto a repetir que o fundamental, na minha opinião, é o perfeito
equilíbrio tonal que, na realidade, independe do preço do equipamento de
som. O perfeito equilíbrio sonoro tem a ver com o posicionamento das
caixas. Muito próximas à parede, acentuam os graves e podem torná-los
borrados e sem definição. Afastadas, melhoram a resolução e o palco
sonoro, e esse acerto depende da sensibilidade de cada um. Os cabos de
interconexão são responsáveis por aquilo que eu chamo de sintonia fina
do sistema. Por exemplo, se os agudos estiverem soando brilhantes
demais, o cabo pode trazer equilíbrio, tornando-os mais doces e
suaves. A acústica do ambiente também influencia o resultado final. Se a
sua sala não permite um tratamento acústico adequado, pelo menos tapetes
e cortinas poderão melhorar em muito a definição sonora.
O tamanho das caixas tem que ser coerente com o tamanho do ambiente.
Caixas enormes, numa sala pequena, causam mais problemas do que solução,
porque fica difícil dominar os graves. As caixas, sem dúvida, fazem parte
do item mais importante do sistema. Independentemente de preço, procure
aquelas que casem melhor com seus ouvidos e preste atenção na eficiência
das mesmas. Caixas acima de 90dB, de eficiência, não necessitam de
amplificadores muito poderosos, o que também seria um gasto desnecessário.
Ou seja, é preciso haver coerência entre potência e eficiência.
Não subestime o seu equipamento, por mais simples que seja, achando que
você já conseguiu tirar o máximo dele. É verdade que nem sempre um cabo caro traz o
melhor resultado, entretanto, vale a pena experimentar cabos mais
sofisticados em equipamentos de baixo custo. Não pensem que utilizar um
cabo de preço alto, num cd player barato, não resolve, porque resolve sim.
Eu já fiz várias experiências, utilizando cabos que custavam cinco vezes mais que
o valor dos cd players, e percebi que é sempre possível tirar um
pouquinho mais do nosso equipamento, por mais simples que ele possa ser.
De resto, se você estiver com o bolso mais gordo, o que é difícil nesta
época, e tiver condições de comprar equipamentos mais caros, você
ganhará em resolução, textura, dinâmica e detalhamento. Entretanto, o
ovo de Colombo está na sua sensibilidade para fazer o acerto do sistema.
Feche os olhos e ouça. Se você estiver percebendo a presença dos músicos
à sua frente,
tudo está resolvido, não importa o preço do equipamento. Porém, são
necessárias muitas horas de audição ao vivo, para podermos chegar a este
resultado que encanta a todos nós audiófilos.
Ótimas audições a todos!
Aquele abraço!
Não desejando mais receber Audiophile News
responda a este e-mail com a palavra descadastrar.