Número 342
A Vanguarda do Áudio High End
1a. Parte
Equipamentos e Cabos
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Introdução
Nesta nova pequena série de artigos, queremos trazer o que de mais recente
se discute lá fora, principalmente nos Estados Unidos. São novas marcas, a
maioria ainda totalmente desconhecida dos audiófilos brasileiros. Nosso
desconhecimento é devido ao nosso mercado fechado, face as dificuldades de
importação, com tanta burocracia, e aos impostos astronômicos que enfrentamos. E vamos
mencionar também as novas tendências eletrônicas de projeto que essas marcas utilizam nos seus aparelhos.
Esta
série baseia-se no excelente livro Illustrated History of Audio High End
Vol.2 Electronics, editado por Robert Harley e publicado pela revista
the absolute sound. Aqui, vamos trazer as novas tendências e marcas, sem
fazer nenhuma avaliação de qualidade sonora. No entanto, queremos enfatizar que,
segundo Jonathan Valin,
articulista da the absolute sound, estas novas marcas, que se
encontram na vanguarda da
tecnologia, no áudio high end, têm lançado produtos que estão no
topo do pinheiro do áudio
(O
Áudio e o Pinheiro - 1º Parte).
© 2008-2018 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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Uma Pequena História do Áudio High End
Quando observamos os projetos eletrônicos, da audiofilia, neste último
século, notamos que eles têm percorrido um estranho caminho.
No início, apareceram os amplificadores à triodos single ended (SET amplificação de saída, em onda completa, com uma
válvula). Mas estes componentes quase desapareceram, quando surgiram os pentodos e tetrodos
nos anos 30, 40 e 50. E, hoje, vemos que muitos fabricantes de SET (Single
Ended Triodes Amplifiers) voltaram, como as Indústias Lamm, a Ayon Audio, Absolare, Audio Note,
Wavelenght, Cary Audio, entre muitos outros, cada um servindo ao seu
mercado.
Em meados do século passado, com a
chegada de um melhor componente, o transistor, apresentando novas topologias
eletrônicas para pré- e para amplificadores, as válvulas quase
desapareceram. No entanto, pelos grandes esforços de William Zane Johnson
(1926-2011), fundador da Audio Research, em 1970, a válvula ressurgiu
mais forte do que nunca, com novas marcas, como a Ypsilon, a Aesthetix, e
PrimaLuna, entre muitas e muitas outras, que se juntaram às marcas mais
tradicionais, como a ARC, a Conrad-Johnson, a VAC, AtmaSphere, Jadis, EAR,
Zanden Audio, Air Tight, Van Alstine e CAT.
Além de que, nos últimos 25 anos do
século passado, aparecerem muitos amplificadores híbridos, que trabalham
com válvulas, na entrada e nos drivers, e usam semicondutores (FET´s
ou transistores bipolares) nos estágios de saída, como os dos fabricantes Futterman, Berning, ARC, Van Alstine e Siltech, entre muitos outros.
No final dos anos 60, a
realimentação negativa total caiu em descrédito, por disfarçar as falhas
dos circuitos em estado sólido. Hoje, várias companhias, como a suíça
Soulution, e muitas outras, acharam caminhos novos e criativos para usar
realimentações negativas locais, por estágio, com o uso dos circuitos de
alta velocidade da nova era da informática. Além disso, amplificações de
banda larga, com alta corrente, a maioria em classe A, ou em classe AB, com
alto bias, com pouca ou nenhuma realimentação negativa global, são
usadas por empresas como a Spectral, Pass Labs, Boulder, MBL, Krell,
Symphonic Line e Rowland. E há novas empresas que também estão indo nesta
direção, como a Soulution, Constellation, CH Precision, Vitus, Odyssey,
DÁgostino Master Audio Systems, Technical Brain, BAlabo e muitas outras.
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A amplificação em
classe D (digital), após o fracassado lançamento do amplificador SWAMP, da
Infinity, na década de 70, praticamente desapareceu nos anos 80. Mas
ressurgiu, nos anos 90, na amplificação estéreo para carros.
Hoje, talvez seja a tecnologia mais promissora do high end,
encabeçada por empresas como a Spectron, TacT, Devialet, NuPrime,
Rowland, Mola Mola, Sony, MBL, e a Audio Alchemy. Estas empresas, e algumas
outras, estão colocando todas as suas fichas técnicas na tecnologia do
chaveamento direto digital.
Hoje, as engenharias, nas
empresas, não são mais realizadas por indivíduos, como William Zane
Johnson, Nelson Pass, Bob Carver, Dan D`Agostino, entre muitos outros, que
prestaram relevantes serviços ao áudio high end. As engenharias,
agora, são realizadas por
comitês de engenheiros de projetos, nos novos conglomerados empresariais,
que têm surgido, aos quais pertencem marcas tradicionais como a Audio Research Corporation,
McIntosh, Mark Levinson, Krell e outras.
Segundo Jonathan Valin,
dentre as marcas, na vanguarda da
tecnologia no áudio high end, cujos produtos
estão no topo do pinheiro do áudio, têm se destacado: a Vitus, Balanced Audio
Technology (BAT), Odyssey Audio, Aesthetix, Hegel Music Systems,
PrimaLuna, Viola Audio Laboratories, Soulution, Constellation Audio,
Absolare, CH Precision, e outras. A respeito destas empresas, iremos
trazer mais informações nos próximos Audiophile News.
Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a
próxima!
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