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 Número 334
 
As Redes Elétricas em 220V no Brasil1a. Parte
 
Elétrica 
Jorge Knirschjorgeknirsch@byknirsch.com.br
 
            
         
Temos sido muito consultados a respeito da rede 220V e, em artigos 
anteriores, já havíamos mencionado alguns aspectos técnicos pertinentes a este assunto. 
Agora, pretendemos, 
aqui, 
escrever a respeito desta rede elétrica, mencionando aspectos 
importantes a serem considerados para a aplicação ao áudio/vídeo. 
        
                     
		
        
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                  Como 
		vocês já devem ter notado, as tensões nominais da rede elétrica no 
		Brasil formam uma verdadeira colcha de retalhos. Cada região, do nosso 
		país, possui certas tensões para atendimento residencial e industrial. E existem 
		grandes variações nas tolerâncias destas tensões, mas isto é assunto 
		para um outro artigo independente. Inclusive, na 
		prática, não existe um único padrão em 120V, e nem um único em 220V, pois 
		estas tensões podem 
		variar bastante, de cidade para cidade, e também de estado para estado. 
		Para maior entendimento, recomendamos a leitura do nosso artigo:
		
		
		Otimizando um Sistema de Som. (Parte 5). 
		Assim, muitas cidades possuem a tensão em 220V nominais, como é o caso, por exemplo, 
		de 
		São Paulo, Santos, das cidades de todo o Nordeste, de Belém, Manaus, Santa Cataria, 
		de parte 
		do Rio Grande do Sul e de muitas outras. No entanto, esta tensão, em 
		alguns lugares, varia em torno de 220V, em outros, em torno de 230V, em 
		mais alguns, em torno de 240V e, em alguns outros chegam a variar até em 
		torno de 250V! Portanto, temos 
		uma salada russa completa, bem variada, neste nosso querido Brasil! Mas a parte técnica, a ser por nós considerada, não para por aí! Acontece que 
		ainda existem duas formas destas tensões 
		serem oferecidas ao grande público, que podem ser: entre fase 
		(vivo) e neutro (retorno de corrente), ou entre fase (vivo) e fase (vivo). 
		Apesar dos comitês internacionais recomendarem o fornecimento de energia 
		elétrica entre fase e neutro, para uso residencial, o Brasil ainda tem 
		inúmeras regiões onde o fornecimento da energia elétrica é em 
		220V/230V/240V fase-fase. Como grande exemplo disto, podemos mencionar o 
		Estado de São Paulo. A cidade de Santos tem a tensão nominal de 220V 
		fase-fase. E a cidade de São Paulo apresenta todas as tensões nominais em 220V, 
		fase-fase, ou seja, dependendo do bairro, pode ser em 220V, 230V, 240V 
		ou em 250V!
 Estas tensões nominais fase-fase apresentam 
		alguns problemas para os nossos equipamentos de áudio/vídeo. 
		Normalmente, tanto os equipamentos em 120V como os em 220V são projetados 
		para serem alimentados por tensões em fase-neutro e não por tensões em 
		fase-fase. Como o neutro deve estar sempre bem aterrado, ele entra no 
		aparelho através do plugue do cabo de força do equipamento (que deve 
		estar com polarização correta) e, como está aterrado, não tem tensão, e não 
		fica chaveado por um interruptor liga-desliga. Somente a fase 
		(vivo), que passa pelo interruptor do aparelho, fica chaveada.
 Isto significa que, quando ligamos um equipamento de 
		áudio/vídeo em 220V, fase-fase, e depois o desligamos, na verdade este 
		aparelho não fica 
		realmente desligado, pois, pela outra fase, que deveria ser o neutro, o 
		aparelho continua internamente ligado. Com isto, caso venha a ocorrer 
		algum transiente, na rede elétrica, o aparelho, mesmo desligado, poderá vir a se 
		queimar! Vejam só: um aparelho desligado poderá se queimar! Muitos amigos 
		e colegas, que já passaram por este dano, ficaram se perguntando como o seu aparelho 
		desligado pôde se queimar, e a razão é a apresentada acima.
 No próximo artigo, iremos mostrar algumas alternativas 
		de uso de aparelhos em 220V, de forma mais segura, e também falar a respeito do 
		uso dos aparelhos europeus importados.
 
  
        
		Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!          
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