Número 323
Nem Tudo Que Reluz é Ouro
Equipamentos e Cabos
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Quero aqui trazer, para vocês, uma experiência que o Flavio Adami e eu fizemos
nestes últimos anos. Foi a respeito de comparações entre cd-players, com o
intuito de
decidirmos qual a melhor compra a ser realizada.
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com.br
Em 2012, estávamos precisando comprar um novo cd-player. Para podermos
testar alguns cd-players, contatamos vários distribuidores que,
gentilmente, colocaram à nossa disposição alguns modelos para teste.
Assim, conseguimos juntar algumas marcas e modelos que descreveremos a
seguir. Entre eles, estava o Accustic Arts CD-Player I MK3 (Euro 8.000,00
na época), com upsampling de 24bit/192KHz. Este cd-player é um aparelho alemão,
produzido pela Schunk Audio Engineering GmbH, que usa o
famoso leitor e mecanismo ótico da Philips CD-PRO2LF. Testamos também o
Moon 650 D, de origem canadense; o CD-8, da Audio Research, americano; e o Ayre DX-5, todos eles muito bem cotados nas listas da AUDIO alemã.
Realizamos vários testes comparativos e, neste nível de qualidade sonora,
o equilíbrio tonal já era muito bom. Decidimos, então, que o nosso
parâmetro de escolha seria a dinâmica que cada aparelho apresentasse. Assim,
analisando, a escolha ficou com o Accustic
Arts, que tinha um excelente equilíbrio tonal e a melhor dinâmica, na
época. Usamos bastante este cd-player nos últimos quatro anos.
Recentemente, fizemos novas
comparações, com alguns novos cd-players, como o CD-S3000, da Yamaha (US$
7.000,00), fabricado na Malásia; e o Sony SCD-XA5400ES, fabricado no
Canadá, que foi mencionado na stereophile americana, durante vários anos, como um
best buy inconteste na classe A+. Na época,
o Sony custava US$ 1.500,00. Ao compararmos
estes dois últimos aparelhos, que estavam com pouco uso, com o nosso cd-player, que é o Accustic Arts,
nos surpreendemos.
Por incrível que pareça,
agora, o Accustic Arts foi superado por todos os dois, na qualidade sonora.
O melhor
foi, sem dúvida, o Yamaha CD-S3000, seguido bem de perto pelo Sony. Como
isto pôde acontecer?
Ao analisarmos este
resultado, com bastante cuidado, chegamos à conclusão que estas
diferenças encontradas foram motivadas pela redução da vida útil do
leitor do Accustic Arts, que é o
nosso principal cd-player e que, no mínimo, já possuía umas 3.000 horas de uso.
Quando a vida útil de um
leitor começa a diminuir, esse leitor perde o equilíbrio tonal, principalmente nas
altas freqüências, reduzindo a reprodução dos agudos. Portanto, na compra
de um cd-player usado, a vida útil do leitor é um parâmetro importante de
escolha do produto a ser comprado. Como temos um leitor novinho em
folha, comprado original do fabricante e guardado de reserva, com
certeza, com esta reposição, tudo voltará ao normal.
Conclusão: nem tudo que reluz é ouro!
Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!
Não desejando mais receber o Audiophile News,
responda este e-mail com a palavra descadastrar.
|