Número 311
TODA CAIXA ACÚSTICA SOA BEM EM QUALQUER
AMBIENTE?
5ª.Parte
Acústica
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Introdução
Já publicamos uma série de artigos a respeito das
ferramentas, de que dispomos, para embasar a escolha de caixas acústicas para uma determinada
sala. Começamos com o
Audiophile News 169,
depois, a segunda parte saiu no
Audiophile News 171
e a terceira e quarta partes saíram nos
Audiophile News 183
e
Audiophile News 187.
Todos estes artigos estão no site. Aqui, nesta quinta parte, queremos lhes apresentar
um exemplo prático que ocorreu no nosso laboratório. Foi um ajuste simples, que
fizemos, mas bem importante.
Um adendo à
parte: quem
desejar poderá receber a Bestenliste, da AUDIO
alemã, fazendo uma assinatura digital no site:
http://www.audio.de/abo/index.php?.
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
https://www.byknirsch.com.br
Nosso
Laboratório
Nosso
laboratório é uma sala de 68m3, de quarta categoria, que tratamos para se tornar uma
sala de audição crítica. Para isto, abaixamos o tempo de reverberação (RT), de
modo a ficar um pouco abaixo
da proposta de norma IEC 60.268-13 (que especifica um RT entre 0,3 e 0,6s),
deixando-o em torno
de 0.2s. As nossas caixas acústicas são as Revel Performa 3 F52, que foram posicionadas
na sala conforme explanado numa série de artigos, bastante técnicos, que se iniciou com o
Audiophile News 130 e continuou nos
Audiophile News 133,
135,
139,
143,
146,
150,
154,
160 e
Audiophile News 163 (ou seja, ao todo foram 10 artigos). Nesta série, havíamos
mostrado a maneira de posicionarmos
as caixas acústicas, conforme a distribuição modal da sala, cujo diagrama é
realizado a partir das medidas da sala: comprimento, largura e altura.
As
caixas acústicas Revel F52, conforme a AUDIO alemã, possuem as seguintes
características acústicas: KMGTAWF. Conforme os Audiophile News já
mencionados, estas caixas são próprias para salas pequenas (K) (em torno de
15m2), médias (M) (em torno de 24m2), ou grandes (G) (em torno de 45m2). E as
salas, para elas, podem ser secas (T) (RT abaixo de 0,4s), ou equilibradas (A) (RT entre 0,4s e 0,6s),
onde as caixas podem ficar próximas à parede traseira (W) (entre 0,30m e 0,90m) ou distantes
dela, a mais de
1,0m (F).
As Revel F52 não são próprias para salas
reverberantes (ou seja, com RT acima de 0,6s). É interessante a AUDIO alemã
indicar, para
cada caixa acústica específica,
qual a reverberação ideal que
a sala deverá apresentar.
Na teoria, estas variações não deveriam existir. Como
a maioria dos fabricantes testam
suas caixas em câmeras anecóicas (RT=0s),
o equilíbrio tonal de cada par
de caixas deveria estar ajustado para uma sala isenta de reflexões. Porém, face
às imperfeições destas câmeras supostamente anecóicas, precisamos adaptar o
tempo de reverberação da nossa sala às solicitações específicas das nossas
caixas, a fim de obtermos o desejado equilíbrio tonal.
Após muitas audições, foi o Flavio Adami que chamou a minha atenção para uma característica
interessante na sala. Ao aumentarmos o volume, no pré amplificador Mark Levinson 326S,
percebemos que o
volume aumentava nos graves e nos médios, mas não aumentava nos agudos. Após algumas
análises, chegamos à conclusão de que o motivo para este resultado teria que
advir da
absorção dos agudos, que deveria estar muito forte, não nos permitindo perceber o aumento
do volume dos
agudos. E, de fato, o problema desapareceu quando aumentamos o RT da sala, que estava em 0,2s,
e que foi mudado para algo em torno
de 0,4s. Conseguimos este objetivo, reduzindo a absorção porosa (absorção dos
agudos) dos absorvedores
híbridos, das primeiras reflexões laterais, deixando apenas os absorvedores de membrana
para os médios e graves.
O resultado ficou um
espetáculo! Todos estão convidados a conferir este teste de reprodução sonora aqui no
nosso laboratório.
É só agendar! Este exemplo mostra como é importante adequarmos a sala às nossas caixas acústicas em
questão.
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