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  Uma Entrevista com Jorge Knirsch

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  Veja os comentários de Fernando Sampaio (RJ) a respeito de fiação sólida e aterramento do neutro.
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Número 282

 

Casamento Difícil

 

Equipamentos e Cabos

Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br

            

            Recordo-me que, quando fui ao evento CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas, a cerca de dez anos atrás, havia um local destinado exclusivamente para a exposição de equipamentos de áudio high end. Foi lá que tive a oportunidade de escutar diversos sistemas montados com caixas bookshelf acopladas com subwoofers. Não me esqueço como fiquei impressionado com a qualidade de áudio que ouvi e até comecei a pensar na possibilidade de adotar essa idéia, a qual, de fato, utilizo atualmente, tendo em vista que possuo uma sala de pequenas dimensões.

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             Me lembro que, naquele evento, foram utilizadas caixas bookshelf, como as B&W, JM Lab, Dynaudio, entre outras, utilizando subwoofers da mesma marca ou de marcas diferentes.
              O resultado realmente me impressionou e, só muito tempo depois, vim a perceber que atingir uma boa qualidade de áudio, com este casamento, é algo bem mais complexo do que se possa imaginar.
              Quando usamos essa solução, para um simples home theater, não existe um comprometimento maior com a qualidade de áudio. Entretanto, quando exigimos um resultado high end, a coisa fica bastante complicada.
              Como vocês sabem, os subwoofers normalmente necessitam de três ajustes: volume, corte de freqüências e fase.
              O primeiro problema já começa com a fase. Os subwoofers geralmente vêm com as unidades de graves voltadas para baixo, ou seja, suas unidades vêm defasadas com os woofers das caixas satélites. Acontece que, com a fase invertida, os graves geralmente morrem. E o ajuste requer muitas horas de audição, pois é feito através daquele aparelho chamado ouvidômetro, que é, sem dúvida, a melhor forma de se ajustar o ponto. Temos que ir pacientemente detectando o som até conseguirmos discernir onde se dá a melhor extensão dos graves.
               O corte parece um pouco mais fácil, mas também não é algo tão simples. Basta observarmos a resposta da caixa. Por exemplo, se a caixa responde a partir dos 60Hz, teoricamente deveríamos colocar o subwoofer a partir dos 60Hz, mas geralmente essa regra também não funciona. Se a sala for pequena e os satélites ficarem muito próximos à parede do fundo, haverá um reforço natural dos graves nessa região dos 60Hz. Então, teremos que utilizar o corte nos 50 ou 40Hz para conseguirmos um acoplamento perfeito. Se elas ficarem bastante afastadas da parede, poderemos utilizar esse corte num ponto um pouco mais alto.
               Quanto ao volume, a coisa fica um pouco mais fácil. Basta ajustá-lo no ponto onde encontrarmos o melhor equilíbrio tonal que, na minha opinião, é o fator mais importante para alcançarmos um resultado audiófilo excelente. Se os graves ficarem proeminentes, perderemos a sensação de transientes dos médios e a extensão dos agudos.
                Essa solução, de utilizarmos subs com satélites, quando bem ajustada, trás uma vantagem que considero importante e que consegui perceber naquele evento. Se tivermos uma sala de dimensões maiores, poderemos colocar as caixas satélites posicionadas bem à frente, longe da parede, onde obteremos um palco sonoro bastante mais arejado e uma profundidade muito melhor, sem perda nos graves. Isto, pelo fato de podermos deixar o subwoofer próximo à parede, onde continuaremos a ter uma excelente extensão dos graves.
                Entretanto, os problemas não terminam por aí. Existe também a dificuldade de encontrarmos o ponto ideal do sub na sala, para que os graves fiquem corretos. É uma loucura, mas se a coisa funcionar, será como uma caça ao tesouro, realmente valerá a pena todo este sacrifício.           
               Ótimas audições e aquele abraço!

Bandejas Antirressonantes Bandstand 

  

 
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