Número 265
Vamos Ouvir Música
Psicoacústica
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Vou abordar um assunto que eu já havia comentado num outro artigo (Audiophile News 196), mas que
vale a pena tecer novas considerações, pois acho de grande importância para
aqueles que são apaixonados por música, como eu, e também para os leitores do
Audiophile News 1.
(Veja também
Audiophile News 89)
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Ouvir música pode trazer muitos benefícios para a
saúde do nosso ser integral. A música tem sido usada, inclusive por médicos e terapeutas,
como tratamento. Pode também servir para alívio de dores, melhora da memória, e
até mesmo como um estímulo para a prática de atividade física, entre outras
coisas.
Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro e libera a
dopamina, causando uma sensação de bem estar. Por isso tem sido usada por
médicos, terapeutas e preparadores físicos como tratamento de diversos
problemas, o que tem trazido ótimos resultados.
A
música é um estimulo importante para quem se exercita, porque disfarça a
sensação de fadiga, dor e cansaço e, no lugar, traz um sentimento bom de alegria
e motivação, deixando a pessoa mais confortável.
O
mesmo acontece com a música para dormir ou acordar. Sons mais graves e lentos,
por exemplo, ajudam a pessoa a se desligar das preocupações e, comprovadamente,
facilitam o sono e combatem a insônia. Por outro lado, sons animados,
energéticos e acelerados são bons durante a manhã, para despertar e ajudar a
acordar. Especialistas do instituto de neurologia de Londres afirmam que a
música de Mozart pode funcionar melhor que remédios tradicionais, no tratamento
de diversos males, até mesmo de doenças complexas como a epilepsia.
Pesquisadores suspeitaram das qualidades terapêuticas da obra do compositor
austríaco, quando trataram um paciente de 46 anos, que sofria de graves ataques
epilépticos e que não havia reagido bem a sete tipos de terapias, a base de remédios
avançados, e nem mesmo a uma intervenção cirúrgica no cérebro.
Após uma acentuada e inexplicável melhora, os médicos descobriram que o paciente,
que
havia começado a escutar a música de Mozart, durante cerca de 45 minutos por dia,
obteve esta melhora significativa devido a este novo hábito.
Mesmo quem não costuma ouvir música clássica já ouviu, numerosas vezes, o
primeiro movimento da quinta sinfonia de Beethoven, que é uma das mais famosas
composições da história. Descobriu-se, em testes de laboratório, que aquele "pam pam pam pam"
da abertura é capaz de
matar células tumorais. Uma pesquisa do programa de oncobiologia da UFRJ, expôs
algumas das células MCF-7, de uma mama, ligadas ao câncer, por um período de, aproximadamente, meia hora de execução da obra. Uma
em cada cinco, dessas células, morreu. Essa experiência abre uma nova frente
contra a doença, por meio de timbres e freqüências diferentes. Essa estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas
mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer. Em vez de radioterapia, um
dia poderá ser possível se pensar no uso de freqüências sonoras, para combater esse tipo
de doença.
Portanto, vamos ouvir muita música! Mesmo que ela não faça nenhum milagre, pelo
menos faz um bem enorme para o nosso espírito e também para nossas emoções.
Ótimas audições e aquele abraço!
Bandejas Antirressonantes Bandstand
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