Número 264
Há Diferenças!
Mídias Gravadas
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Para
testarmos a parte de fono do Devialet 250, necessitávamos de um toca discos.
Como eu ainda não possuía nenhum, pois há um bom tempo atrás me desfiz do meu
velho toca discos, o Flávio Adami trouxe o dele, um antigo
Gradiente Rp II com uma cápsula Audio Technica AT 95E. Então, colocamos o conjunto
para
tocar nas caixas acústicas Revel Performa F52 do nosso Laboratório de Acústica e
Áudio. A diferença sonora, comparando com o cd, foi realmente marcante e difícil de
ser descrita.
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Com o
vinil, o som parecia mais completo do que com o cd. A composição harmônica das notas se mostrou mais
rica e cheia e, com isto, apresentou uma naturalidade maior. A presença
física do conjunto aumentou! Realmente, a audição com o vinil encantou bem mais.
Jim Smith,
em seu
livro bastante interessante, Get Better Sound, relata sua experiência ao
fazer duas gravações de um concerto, ao mesmo tempo, tanto de forma digital
quanto analógica. Ao comparar a reprodução do som analógico com o som
digital,
notou a existência de uma diferença sonora que lhe chamou bastante a atenção. No
intervalo entre as peças musicais, no analógico,
era possível ouvir, bem baixinho, o sussurro da platéia, enquanto que, na
gravação digital, estes sons/ruídos já não eram audíveis.
Still Vinyl
Esta constatação nos levou a imaginar que
gravações feitas em sistemas digitais, talvez não conseguissem captar os níveis
mais baixos das notas musicais. Nos
Audiophile News 50,
Audiophile News 52,
Audiophile News 55
dissemos que uma nota musical é composta de várias etapas como: ataque, decaimento, sustentação e relaxamento.
Os sistemas digitais parecem não conseguir gravar os sinais mais baixos do relaxamento das
notas. E, de fato, pudemos realmente
perceber isto, fazendo comparações de algumas gravações idênticas de músicas feitas tanto
em vinil quanto em cd. Os níveis sonoros mais
baixos, no digital, quase não foram reproduzidos, enquanto que, no analógico, a
presença destes pequenos detalhes se tornaram mais evidentes. Ou seja, no analógico, a reprodução
é mais completa e cheia, mostrando uma composição harmônica de sons mais real e
fidedigna. Esta evidência talvez possa explicar o porquê das gravações digitais atuais,
quando transformadas
em vinis, estarem apresentando um resultado sonoro muito pobre. Os pequenos detalhes,
do final do
relaxamento das notas, são inexistentes no cd.
Com esta constatação evidenciada, fui
adquirir um toca discos e uma agulha, para completar o
laboratório de acústica, acrescentando a parte analógica ao sistema. Não
pretendi gastar muito nesta nova aquisição e, mesmo assim, o resultado sonoro surpreendeu
positivamente de
forma marcante. O laboratório está de portas abertas para quem quiser vir ouvir
e comparar.
Basta somente agendar comigo e será um prazer recebê-los!
O analógico, como falou o Flávio, tem muitas desvantagens:
precisamos nos levantar da cadeira para trocar o lado
do disco (um lado inteiro dura apenas algo em torno de 20 minutos), não é
simples trocar de faixa, a limpeza do
disco é muito problemática e, mesmo com uma lavagem com ultra-som, aparecem vários ruídos e pipocos
junto com a música, o volume que os discos ocupam é muito maior do que o ocupado
pelos cd´s, e aí por diante, tudo isto somado com todos os detalhes que os discos de vinil trazem consigo. Porém... a
qualidade sonora é bem diferente...
Ótimas audições a todos e aquele abraço!
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