Número 257
Bê-á-bá do Analógico-Digital
Equipamentos e Cabos
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Em meados da década de 70, um presente marcante que ganhei, sem dúvida, foi um
relógio digital da Texas que meu irmão trouxe dos Estados Unidos. Em vez de
ter ponteiros, lia as horas em um display numérico, e era mais preciso para
identificar as horas e os minutos do que os relógios analógicos.
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Falando
em analogia, por exemplo, medir o comprimento de um dedo com uma régua de madeira,
ou de plástico, e fazer uma marcação nesta mesma régua, exatamente no comprimento do
dedo, essa marcação, óbvio, não é o dedo e sim uma representação analógica do
mesmo.
A tecnologia analógica não significa, por exemplo, apenas medir as horas com
mostradores e ponteiros. Quando dizemos que algo é analógico, queremos
simplesmente falar que essa tecnologia não envolve números processados por via eletrônica. Capturar uma
imagem numa velha câmera fotográfica, através de um filme revestido com prata,
é um procedimento baseado em produtos químicos que reagem à luz. O filme, quando revelado,
mostra uma representação da cena que fotografamos. Em outras palavras, a imagem
revelada é uma analogia da cena que quisemos gravar. O mesmo acontece para
gravar sons com um velho gravador de rolo ou cassete. A gravação
representa uma analogia dos sons que originalmente ouvimos através das vozes e
instrumentos.
Digital
é algo inteiramente diferente. Em vez de armazenar palavras, imagens e sons, em filmes
ou fitas magnéticas, a informação é convertida em números. Os celulares, por
exemplo, transmitem e recebem chamadas, convertendo os sons da voz de uma pessoa
em números, de um lugar para outro, sob a forma de ondas de rádio.
Independente de qualidade sonora, o digital ainda trás a vantagem de poder
armazenar uma quantidade enorme de LP´s, por exemplo, através de um MP3, e
guardar tudo isso num pequeno aparelho que cabe no nosso bolso.
Ao
fazer um download de musica digital, temos a opção de baixar a mesma
faixa com diferentes taxas de bits. De um modo geral, a taxa de bits é a
quantidade de informações captadas, cada vez que a música é baixada. Assim,
uma taxa de bits mais alta, significa mais informações, transformando essa mesma
informação em uma melhor qualidade de áudio, porém isto ocupa mais espaço e
necessita de um
tempo maior para que baixemos as músicas de nossa preferência.
Muitos
entusiastas de áudio preferem o som do vinil, em relação ao som dos cd´s. É o
caso do
fundador e editor da revista the absolute sound, Harry Pearson, que
afirmou que os LP´s são decididamente mais musicais. Segundo ele, os cd´s drenam a alma da
música e o envolvimento emocional desaparece. Isso tem uma explicação muito
simples: apesar da enorme evolução que os sistemas de conversão digital
atingiram, ainda fica difícil competir com os LP´s,
pois, nos toca-discos, não existe conversão alguma. O que sai da cápsula é uma
pura senóide complexa que nossos ouvidos reconhecem, ou seja, não é preciso
converter nada: o que sai é música!
Ótimas audições e aquele abraço!
Bandejas Antirressonantes Bandstand