Número 239
Equipamentos e Cabos
Wram
R. C. Accorsi
wrax@ig.com.br
Novos DAC´s
É
interessante notar como existem opções atrativas, hoje em dia, em
matéria de arquitetura de conversores digitais-analógicos, ou DAC's. Nesta
era em que, cada vez mais, se ouve arquivos digitais, o DAC ainda
sobrevive nos lares dos audiófilos, devido às vastas coleções em mídia
tradicional. A arquitetura diferente de cada conversor faz com que o
resultado sonoro também seja diferente, sendo curioso perceber como não
existe unanimidade neste tipo de projeto eletrônico, aliás, como em nada
do que diz respeito ao áudio.
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz
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Vejamos, inicialmente, o inovador DAC
Mola-Mola, no link
http://www.mola-mola.nl/index.php/dak.
A primeira coisa que este DAC diz é ser à prova de obsolescência,
afirmando que os audiófilos ficam frustrados porque, a cada momento, sai
um novo super chip que deixa os outros DAC's desatualizados com rapidez.
A Mola-Mola diz que os melhores DAC's de hoje em dia só têm 22 bits de
dinâmica e 20 bits de linearidade, e que é necessário mais do que isto,
e portanto a Mola-Mola cria os próprios chips dedicados in-house.
Levando a freqüência de amostragem a 3.125MHz à 32 bits, o DAC trabalha
em PWM, ou seja, cria uma portadora digital de altíssima freqüência para
redigitalizar a seqüência numérica de áudio. Em seguida, são usados
filtros de resposta impulsiva finita (FIR) de 32 estágios, os quais têm
se mostrado mais adequados ao uso em áudio. Para finalizar, um filtro de
quarta ordem, e alegados 140dB de relação sinal-ruído. Conceitos
respeitáveis, não? Eu não ouvi este DAC, mas devo dizer que são
conceitos promissores, num design que acredito deva soar fluido e
transparente. O diagrama esquemático proporcionado no site também
constitui um interessante material para se analisar.
Outro produto também digno de uma inspeção é o DAC
da NAD, no link
http://nadelectronics.com/products/dac/M51-Direct-Digital-DAC
Este DAC, mais comercial e não tão esotérico quanto o anterior,
apresenta um conceito semelhante, também fazendo uso do PWM a uma
freqüência de 844kHz, arquitetura de 35 bits e um volume digital por DSP.
A NAD oferece ainda DAC's para streaming e áudio de computador e para
trabalhar com iTunes. O Origine Neodio
http://www.neodio.fr/origine_ang.html
é um caro DAC francês (fora do nosso usual circuito norte-americano de
áudio) que também tem coisas não convencionais em seu projeto. O clock
que o aparelho utiliza é analógico e assíncrono e não digital, e vários
materiais exóticos e polímeros são usados na sua confecção. Embora não
tenha ouvido este aparelho, o seu som também deve ser algo diferente das
atuais tendências.
Para finalizar, a linha de DAC's proveniente da Audio Note
apresenta modelos fora do convencional. Cito aqui o
modelo mais caro, o DAC5 Special
http://www.audionote.co.uk/products/digital/dac_5_special_01.shtml
embora haja outros modelos bem mais acessíveis, inclusive na forma de
kits. Vejam, por exemplo, o DAC 2.1
http://www.ankaudiokits.com/index.html#,
que possui um bom valor de custo-benefício. Na Audio Note, toda a conversão, que
seria digital em outros aparelhos, é feita de modo analógico. O aparelho
utiliza triodos 6463 no estágio de saída, e transformadores de saída de
permalloy de núcleo duplo “C”, numa alternativa extremamente curiosa e
totalmente diferente dos DAC's que são feitos no resto do mundo. Ouvi
estes DAC's e posso dizer que soam muito “analógicos”, porque, de fato,
no fundo são analógicos. Variando as tecnologias num amplo espectro de soluções
tecnológicas, como vimos nestes produtos, é possível também variar o
som, que vai desde um som mais técnico e analítico, revelador, até um
som bem natural e orgânico, dependendo do gosto do ouvinte. Bem, é
isto....Investiguem tantas boas soluções e alternativas, descubram novos
caminhos, e façam boas audições!
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