Na acústica, usamos vários tipos de materiais absorvedores, para a confecção
dos absorvedores porosos. Os mais comuns são a espuma, a lã de vidro e a lã de rocha.
Absorvedores porosos são os elementos acústicos ideais para se absorver freqüências médias e,
principalmente, agudas. Eles não têm a finalidade de absorver graves, pois
teriam que ter um tamanho muito grande para alcançar esta finalidade, o que
retiraria muito do volume da sala. Usamos absorvedores de membrana para o
tratamento dos graves.
De forma geral, a absorção feita pelos absorvedores
porosos depende tanto do material usado quanto da espessura deste material. A grosso modo, podemos dizer que o absorvedor irá absorver a partir
da freqüência onde a espessura do material usado corresponde a um quarto do comprimento
de onda desta freqüência. Por exemplo, se tivermos colocado na parede um material absorvedor
com uma espessura de 50mm, o absorvedor poroso começará a absorver a partir da freqüência de
1.720Hz, freqüência esta que já está no agudo.
Recordando
a fórmula para este cálculo: o comprimento de onda vezes a freqüência é
igual à constante da velocidade do som (344m/s). Dito de outra maneira: a
freqüência é igual à constante da velocidade do som dividida pelo
comprimento de onda. No nosso caso, temos que:
f = 344_ _ = 1720 Hz
0,05 x 4
Mas o ponto que gostaria de abordar aqui é a diferença entre as
características físicas destes materiais mencionados acima. Atualmente, o
mais comum deles, em aplicações acústicas, sem dúvida
alguma é
a espuma, por ser mais em conta. No entanto, é um material que possui baixa densidade e tem o grande
problema de se decompor ao longo do tempo, perdendo a sua forma original,
além de que tem um coeficiente de absorção menor do que os outros materiais
nas mesmas condições. Não
recomendo o uso de espuma face a estes problemas inerentes. Já a lã de rocha
possui algumas densidades acima da espuma, porém não deve ser usada em
absorvedores
móveis pela razão de se esfarelar com a trepidação. A lã de vidro, por
possuir densidades mais altas, absorve as freqüências mais baixas e tem a
grande vantagem de ser um material mais inerte. O único inconveniente dela é que pode causar alergias em algumas pessoas, quando
do manuseio na instalação. No resultado final, a lã de vidro é que oferece o
melhor resultado sonoro.
No nosso laboratório existia um absorvedor
poroso, atrás das caixas acústicas, que continha espuma. Após um longo período,
esta espuma se decompôs. No lugar dela, colocamos lã de vidro de 80kg/m3 e
50mm de espessura. Realmente, ficou uma maravilha! O agudo da lã de vidro é
mais natural, resultando um timbre mais real do que o da espuma! Quem desejar, poderá vir conferir!
É só agendar conosco.
Boas audições
a todos! Aquele abraço! E até a próxima!