Número 197
Amaciamento de Caixas Acústicas
Equipamentos e Acústica
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Introdução
Em março de 2011, ou seja, há mais ou menos três anos, comprei um novo par
de caixas acústicas substituindo minhas antigas Paragon Jubilee-Jem. A
decisão, sobre qual a melhor opção a tomar, só veio após uma longa e
demorada análise de artigos e reviews, e
após muitas audições de caixas de diversas marcas. No final, minha escolha recaiu sobre a Revel Performa F52,
devido ao seu timbre mais correto, seu excelente grave e à sua naturalidade
sonora que, de fato,
impressiona, além da relação custo/benefício ser também muito boa. Esta
caixa obteve 99 pontos de qualidade sonora, na avaliação da AUDIO alemã, e
apresentou um AK de 65, com a característica acústica KMGTAWF. Como já vimos, em
Audiophile News
passados, esta é uma caixa bastante versátil, que pode ser colocada em salas
pequenas, médias ou grandes, em salas secas ou equilibradas, e também uma
caixa que pode ser colocada próxima às paredes ou afastada delas.
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E como fica o amaciamento?
Amaciar caixas acústicas é um processo demorado, doloroso, trabalhoso e
estressante. A maioria das caixas acústicas, quando as ligamos pela primeira
vez e também durante as primeiras horas de uso, nos dão a impressão de que estão tocando bem. Porém, após
alguns dias, via de regra, já começamos a notar falta de graves e agudos
gritantes.
Isto ocorre em alto falantes novos, nos quais as aranhas e as bordas de borracha
são mais rígidas,
principalmente nos
woofers que precisam de um
maior tempo de uso para entrarem no
devido desempenho a que foram projetados.
Mas as minhas caixas, que possuem
tweeters
de alumínio, demoram muito mais para amaciarem. Então, no início, não
havia agudos e os graves também não estavam no seu volume normal.
Agora, que já
se passaram três anos e mais de 2.000 horas de uso, os agudos já melhoraram,
mas ainda não chegaram aonde deverão estar quando ficarem totalmente amaciados.
Já ouvi
relatos sobre estas caixas afirmando que, após cinco anos de uso, ainda se
encontravam em
processo final de amaciamento. Realmente este processo é bastante demorado e
chega até a ser angustiante.
Porém, à medida em que vão amaciando, o resultado sonoro vai melhorando cada
vez mais e cresce muito,
chegando a ultrapassar o desempenho de caixas acústicas muito mais caras do que elas.
Alguns me perguntam como se deve amaciar
caixas acústicas. Não há segredo
algum! Somente usando-as constantemente em volumes normais, ligando e
desligando-as todos os dias. Com que músicas devemos amaciá-las? Muitos
fabricantes, como a Revel, recomendam o uso de músicas normais, de nossa
preferência, evitando abusos de cd´s especiais para este fim. Nas primeiras
100 horas, devemos evitar os volumes muito altos e os cd´s com graves muito fortes, para
impedirmos alguma deformação permanente nos alto falantes.
Evidentemente, à medida que vamos
usando nossas caixas, quando percebemos que elas passam a apresentar novas
características sonoras, diferentes do que estavam tocando, podemos ir
alterando o posicionamento delas na sala, sempre buscando atingir um
equilíbrio tonal satisfatório. Isto exige de nós uma avaliação sonora muito
boa, e bons conhecimentos de acústica para podermos captar todas as fases
pelas quais as caixas vão passando e, aí, procurarmos rearranjar o
posicionamento para trazermos o equilíbrio tonal de volta. É realmente muito
trabalhoso. Mas vale a pena, pois as caixas vão atingindo um resultado
sonoro gradativamente mais elevado e gratificante.
Alguns artigos correlatos ao tema:
O Áudio e o Pinheiro - 1º Parte
O Áudio e o Pinheiro - 2º Parte
O Áudio e o Pinheiro - 3º Parte
Audiophile News 90
Audiophile News 48
Audiophile News 169
Audiophile News 171
Audiophile News 183
Audiophile News 187
Boas audições e muita
muita
paciência...!!
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