Número 166
Mídia Analógica
Surpresas do Passado
Flávio Adami
flavioadema@uol.com.br
Tenho recentemente escutado algumas reedições de vinil, baseadas
em gravações puramente analógicas, e tenho cada vez mais me
surpreendido com a qualidade de áudio que elas possuem.
Já escutei diversas gravações em vinil, tendo como origem
processos digitais, e confesso que não me emocionaram muito, haja vista que o registro original digital tira um pouco daquela
emoção quase inexplicável que o analógico possui. Mas isto se dá quando
a gravação vem realmente de todo um processo análogo, desde o estúdio até
à reprodução
no equipamento de áudio.
© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz
Knirsch
Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com
Nestes últimos tempos, tenho ouvido gravações reeditadas, puramente analógicas, de vinis,
como: John Coltrane, A Love Supreme, Stan Getz with
Cal Tjader, entre outras, que me
deixaram embasbacado com os detalhes. No disco de Stan
Getz, por exemplo, os harmônicos do vibrafone fazem com que ele salte
fora das caixas, dando uma incrível sensação de presença física
e também a textura do sax se torna bastante evidente, algo que no cd
isto simplesmente não existe.
Outra coisa que reparei é que
várias gravações originais que possuo,
como: Dave Brubeck Quartet, pela gravadora CBS; Benny
Carter Further Definitions, pela etiqueta Impulse; Bill Evans
Portrait in Jazz, pela Riverside;
e Count Basie and the Kansas City
7, pela Impulse, são exemplos de gravações, algumas já com mais
de 50 anos, que ainda tocam perfeitamente sem nenhum
chiado ou pipocas. O segredo disto é muito simples: um bom toca
discos, uma boa cápsula e, principalmente, um ajuste perfeito do VTA (vertical tracking angle), protractor angle, anti-skating,
além de
peso correto, limpeza do
disco e da agulha, e tudo o mais que um toca discos
exige.
A revista the absolute sound, na última edição de
setembro, trouxe uma entrevista com Lloyd Walker, presidente da Walker Audio,
fabricante de toca discos caríssimos e artesanais. Quando perguntado sobre o futuro das mídias digitais e
também se ele prevê o fim dos cd´s, Walker respondeu que os cd´s irão
diminuir bastante, devido à queda das vendas, e o futuro, sem
dúvida, será baixar música
pela internet. Ele acredita também que o
analógico ultrapassará os cds, mas isto quando uma qualidade de
áudio verdadeiramente high end for exigida.
Antes de encerrar este texto, eu, Flavio Adami, quero lhes
anunciar que estarei no Hi-End Show, demonstrando produtos, nas salas da distribuidora Audio
Emotion, nos dias 12, 13 e 14 de setembro, no Hotel Maksoud
Plaza.
Lá,
vocês terão a oportunidade de ter contato com produtos high end,
como Sonus faber, Audio Research, McIntosh, Thorens, e todos
poderão escutar as maravilhas analógicas e também
digitais que estarão expostas.
Até a próxima! Um abraço a todos! E não se esqueçam do
Convite para Audições
!!
Bandejas Antirressonantes Bandstand