Número 155
Acessórios
Flávio Adami
flavioadema@uol.com.br
Soluções Malucas
O que identifica caixas acústicas verdadeiramente high end?
Podemos destacar vários fatores, como o projeto em si, a qualidade dos alto
falantes, o projeto do crossover. Mas, fundamentalmente,
o que considero de vital importância, para se obter um resultado final de alto padrão,
é o gabinete.
© 2004-2014 Jorge Bruno Fritz
Knirsch Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com
Caixas, que chamaríamos de entrada, geralmente são montadas com
bons alto falantes. Entretanto, a estrutura dos gabinetes não
possui a rigidez necessária para que sejam evitadas coisas como
coloração sonora, graves ressonantes e uma série de outros
aspectos. Isto é
o que acaba diferenciando a
sonoridade destas caixas com relação à
das caixas verdadeiramente high end.
Obviamente, caixas de baixo custo possuem esta característica,
pelo fato de serem leves. Por pesarem pouco, têm seu preço bastante
reduzido e isso faz uma enorme
diferença no custo de importação.
Trabalhei muitos anos em projetos de caixas acústicas. E, por
diversas vezes, me deparei com projetos onde eram utilizados os
mesmos alto falantes e crossovers, tanto em caixas de
entrada, leves e de baixo preço, como em caixas muito
mais caras e pesadas, do mesmo fabricante, mas que apresentavam
uma sonoridade muito mais sofisticada, graças aos gabinetes
rígidos e bem mais estruturados.
Fiz uma experiência, partindo de um par de caixas JMLab CHORUS
706 V, modelo bookshelf de entrada. As paredes laterais foram
reforçadas, com a colocação de chapas de MDF prensadas com massa
de vedação. E, na parte superior, foi colocado um granito de 2
cm, pesando em torno de 4 quilos, nas medidas das caixas.
Fica
difícil descrever, com palavras, a diferença sonora advinda
dessas adaptações, em relação ao que havia no
modelo original. A coloração na região média simplesmente
desapareceu e os graves se tornaram mais limpos, secos e
extensos.
Junto ao texto, segue a imagem do sistema e também um close da
bookshelf, ilustrando melhor esse ato de loucura, que
deu um resultado excepcional, partindo de um sistema de baixo
custo.
O SUB 200, da Jamo, utilizado no sistema, pesa originalmente 8,5
kg. Com as duas pedras de granito, colocadas sobre a caixa, e mais
os reforços laterais, com chapas de MDF, e também com a
adaptação dos spikes, da By Knirsch, sob a caixa,
o SUB 200 passou a pesar 22kg. A diferença na
qualidade dos graves, em relação ao modelo original, foi enorme,
principalmente em extensão e resolução das baixas freqüências.
Até a próxima! Um abraço a todos!
Bandejas Antirressonantes Bandstand
|