Número 124
Equipamentos e Cabos
Flávio Adami
flavioadema@uol.com.br
Voltar a ter ou não ter, eis a Questão.
Muitos audiófilos me indagam a respeito de voltar a ter toca
discos de vinil, principalmente aqueles amigos que se
desfizeram por completo de suas coleções, alguns com um
arrependimento que causa até dó. Outros não se atrevem a
enfrentar esse desafio, haja vista que voltar a ter novamente
uma coleção de bons vinis custa caro e também um bom toca
discos, uma boa cápsula e um pré de phono de qualidade,
acrescentam mais
uma despesa, dentro de um sistema de áudio que já é caro por
natureza e, segundo eles, não vale a pena.
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Outros
dizem que não têm mais paciência para escutar chiadinhos, que
tanto incomodam, além de que virar os discos também faz parte
de uma ginástica que não cabe mais à essa nova geração movida
a controle remoto. Em compensação, esses mesmos audiófilos,
quando escutam um bom vinil, nas casas dos amigos, se curvam
diante da qualidade de áudio que o vinil proporciona e dizem que
realmente o som é diferente, com mais mais corpo harmônico
e maior musicalidade.
Alguns poucos,
que eu conheço, fizeram o contrário: abandonaram o cd e se voltaram totalmente para o vinil. Eu digo que nem tanto ao
céu, nem tanto a terra. Eu, por exemplo, convivo em paz e
harmonia com o digital e analógico, principalmente pelo fato de
que a minha coleção de cds é maior do que o número de vinis que
possuo.
Para aqueles que ainda estão em dúvida, quanto ao
vinil, eu diria simplesmente que vale a pena. Quanto àqueles que
reclamam dos chiadinhos, como eu, e fazem parte de uma geração que,
no passado, não se preocupava muito com o ajuste dos toca
discos ou simplesmente não sabia que isso era tão importante,
esclareço: um ajuste perfeito do VTA (Vertical Tracking Angle),
protractor angle, anti-skating e peso fazem com que
os chiados praticamente desapareçam. Os novos toca discos, com
braços anti ressonantes, como os de fibra de carbono,
construídos em peça única, fazem uma grande diferença no
resultado sonoro final, mesmo quando ouvimos discos antigos
consumidos pelo tempo de uso. A quase totalidade dos vinis, que
possuo, tem mais de trinta anos, alguns cinquentões, como é o
caso da coleção de Dave Brubeck que, apesar do tempo,
continua tocando de forma impecável, com exceção de alguns que
comprei, usados, e que foram judiados por toca discos de má
qualidade. De resto, fica uma audição com um som limpo e uma
enorme satisfação de ouvir música.
Todo esse procedimento, de deixar os discos e as agulhas sempre
limpos, e também de termos que nos levantar, para virar os
discos, faz parte de um ritual delicioso que trás um prazer
imenso de escutar música.
Coragem audiófilos! Vale a pena!
Cabos de
Interconexão - TOP Wonder RCA/Digital/XLR/Speaker
Cables