Número 122
A ZONA DE NEUTRALIDADE - 2ª. Parte
Acústica
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
No GUIDE TO AUDIO SYSTEM SETUP AND EVALUATION,
publicado pelos articulistas da revista the absolute sound,
saiu um texto muito interessante intitulado
A ZONA DE NEUTRALIDADE. Este artigo foi escrito por Dave Wilson, proprietário
da famosa marca Wilson Audio, empresa fabricante de caixas acústicas de renome.
No
Audiophile News 118, publicamos a
primeira parte desta matéria.
© 2010-2020 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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Como havíamos explicado, dois retângulos deverão ser demarcados no chão da
sala, sendo que a melhor posição das caixas acústicas frontais, para a sala em análise,
irá estar localizada dentro destes retângulos. No artigo 118, vimos as premissas
necessárias para que o procedimento seja aplicável à sala. Vimos também como
definir com fita crepe, no chão, a demarcação de dois lados de um dos dois retângulos.
Dave Wilson, descreveu ao todo seis passos para a determinação destes
retângulos. Os quatro primeiros já foram apresentados e os dois últimos são os seguintes:
5. Agora, a pessoa, que está em pé, ficará com as costas
encostadas na parede lateral, na altura onde
se pretende posicionar a caixa acústica correspondente ao retângulo que está
sendo demarcado. Esta pessoa deverá ficar falando continuamente,
num volume moderadamente alto e constante. Face à proximidade da parede, a sua voz
se tornará mais grave do que costuma ser. O companheiro, com ouvido acurado, ficará sentado na posição do ouvinte, ouvindo a voz do colega.
A pessoa em pé começará a se afastar vagarosamente da parede lateral, andando
bem lentamente, sempre em frente, em linha reta e paralela à parede que fica
atrás das caixas acústicas. O ouvinte, atento, deverá colocar a fita crepe
no chão onde perceber a ocorrência da transição da voz, de mais grave para uma voz mais natural.
A seguir, a
pessoa em pé, deverá continuar a se deslocar, vagarosamente, continuando seu
caminho em direção à parede lateral oposta.
E quando o ouvinte perceber a ocorrência de
uma interação da voz com esta parede oposta, deverá marcar novamente o chão com a fita
crepe.
6. Com as quatro fitas crepe coladas no chão,
agora será possível traçar o retângulo. A área do retângulo será a zona de
neutralidade para a caixa acústica frontal em questão. Em seguida, os
procedimentos de 1 a 6 deverão ser repetidos para a demarcação do retângulo para a
outra caixa acústica. Finalmente, as duas zonas de neutralidade estarão definidas.
Notem que os dois retângulos demarcados poderão não ser
simétricos, em relação ao ambiente, porém as caixas acústicas, que serão
colocadas nestes retângulos, deverão assumir uma posição simétrica na sala, em
relação a um plano vertical imaginário que passa pelo ouvinte e entre as caixas. Isto quer
dizer que as medidas das distâncias das bocas dos woofers à parede, que
fica atrás das caixas,
deverão ser iguais entre si. Do mesmo modo, em relação ao plano vertical
imaginário que passa pelo centro dos alto falantes das caixas acústicas,
as distâncias do centro destes alto falantes às respectivas paredes laterais
também deverão ser iguais entre si.
Finalmente, o ajuste fino para o posicionamento
das caixas acústicas, dentro da área dos retângulos, deverá ser alcançado,
experimentalmente, pelo ouvinte.
Ao longo dos anos, nós desenvolvemos um outro método,
mais técnico, que se baseia na distribuição modal da sala e verificamos que o
nosso posicionamento de caixas sempre se encontra dentro destes retângulos
definidos pelo Dave Wilson. Porém pelas inúmeras experiências que já
realizamos, nós atingimos uma resolução e palco sonoro maior.
Aquele abraço!! Desejamos a todos ótimas experiências!! E até breve!
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