Número 120
A Evolução do Áudio no Computador (7.ª Parte)
Software
Matias Eduardo
Reccius
matias.reccius@gmail.com
www.ambaraudio.com.br
Alta Resolução
Falar de áudio
no computador sem falar de alta resolução seria ignorar uma das
principais vantagens desta fonte. Sabemos que o MP3 pode ter
popularizado o comércio de música na Internet, o FLAC pode ter-nos
conscientizado da importância de mantermos a qualidade original sem perdas,
mas os arquivos FLAC em alta resolução é que fazem a proposta do
computador, como fonte de áudio, ficar realmente interessante a nós, audiófilos. O que
poderia ser melhor do que a segurança de termos, no nosso computador, o
arquivo original do estúdio de gravação, idêntico com o original, bit a bit, sem diferenças de prensagens?
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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O áudio, em alta resolução, pode ser genericamente definido como sendo uma
codificação PCM ("Pulse Code Modulation", modulação por código de pulso, em
inglês, que é o mesmo padrão usado nos CDs, DVDs, Blu-Rays, etc.), com pelo menos
24 bits ou com freqüência de amostragem igual ou maior do que 88kHz. Exemplos:
24/44, 24/88, 24/96, 24/192, etc. O comum é vermos os álbuns sendo vendidos, nos
grandes sites (como o excelente HDTracks.com, que já citamos em outro artigo), em
formato 24 bit e de 88 kHz a 192kHz, dependendo do álbum. Raramente encontramos
resoluções maiores do que estas em outros sites, pois são raros os DACs que
suportam mais do que 24/192, além do que teríamos arquivos cada vez maiores, para
serem transmitidos e armazenados, com retornos decrescentes na qualidade do
áudio percebido. O mercado atualmente adotou como padrão até 24 bit e 192kHz de
resolução, não mais que isso.
Mas nem sempre as nossas interfaces USB para SPDIF e os nossos aparelhos de DAC
suportam 192kHz, muitos trabalham só até 96kHz (apesar de 24 bits ser comum,
quase todos aceitam). Isso não é problema, pois podemos comprar o arquivo original,
com 192kHz, e abaixar a freqüência de amostragem ("downsampling", em inglês) pelo
software do player. No JRiver Media Center, por exemplo, é possível subir ou abaixar a freqüência de amostragem
à vontade nas configurações de áudio do
programa.
Também, na alta resolução, temos o DSD no computador ("Direct Stream
Digital", corrente direta digital, em inglês), com o mesmo padrão de codificação usado nos SACDs. É possível armazenar os discos de SACDs no computador, sem perdas, usando
técnicas complicadas como, por exemplo, usando algumas versões do video game Playstation 3.
O
mercado de áudio DSD na Internet é pequeno e são poucos os sites que vendem álbuns
neste padrão. Poucos DACs também aceitam nativamente DSD por USB. Para a maioria
dos DACs, é necessário converter o DSD para PCM, por software, antes de enviar para
os DACs. Com isso, vemos que o DSD, no computador, assim como o disco físico do
SACD, continuam sendo um nicho pequeno de mercado.
Recomendamos que vocês procurem e comprem os seus álbuns favoritos no HDTracks e,
depois, vocês
mesmos poderão compará-los com os seus CDs.
Caso
haja dúvidas, a respeito de alguns termos técnicos, recomendamos consultar
o site:
http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page
Cabos de Interconexão - TOP Wonder RCA/Digital/XLR/Speaker
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