Número 103
O QUE É IMPORTANTE PARA CABOS DE CAIXAS ACÚSTICAS?
4ª. Parte
Equipamentos e Cabos
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Introdução
No Audiophile News 41, começamos uma
nova série intitulada: "O que é importante para os Cabos de Caixas Acústicas?",
onde apresentamos a influência dos materiais utilizados na sua confecção. Na
seqüência, no Audiophile News 49, apresentamos a questão da
impedância de um cabo e, no Audiophile News 63, mostramos a
importância entre a indutância e a capacitância de um cabo de caixa acústica.
Neste Audiophile News, vamos relatar uma experiência, sugerida
pelo nosso amigo Dario Mastrorocco, bastante interessante.
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A Resistência de um Cabo de
Caixa Acústica
No nosso Laboratório de Acústica e Áudio, usamos
os nossos próprios cabos de caixa, TOP Wonder Excellence, de 1,0m
de comprimento,
para interligar os dois amplificadores monoblocos Millennium MOSFET, de 75W cada um, em
classe A (2,1A de bias), às caixas acústicas Revel Performa F52.
Como vocês devem saber, estes cabos possuem
dois cabos
separados, um para o sinal positivo e outro para o sinal negativo, para cada caixa
acústica, permitindo inclusive a bicablagem. Desta forma, temos uma capacitância próxima de zero e uma indutância
baixíssima. De fato, cada cabo possui quatro veias, cada veia com uma seção transversal de 3,4mm². A área total de
cada cabo (quatro veias) possui a respeitável secção de cobre de 13,5mm², que, em um metro de comprimento, dá o valor ôhmico de apenas
5,1mΩ para cada cabo.
As caixas acústicas F52 têm quatro bornes,
assim como o
amplificador Millennium também os tem, dois para o positivo e dois para o negativo.
Como os
cabos TOP Wonder Excellence permitem a bicablagem nas caixas, para
dois bornes da caixa (positivos ou negativos) temos uma resistência de 5,1mΩ (um
cabo de quatro veias para os bornes positivos e outro para os negativos). A Revel especifica que o valor da resistência dos cabos de
caixa acústica para estas caixas deve ser de, no máximo, 70mΩ, tanto para os bornes positivos
(2)
como para os negativos (2). Desta forma, estamos bem abaixo do valor especificado pelo
fabricante, o que melhora muito a qualidade sonora.
Mesmo assim, resolvemos verificar o resultado que
obteríamos abaixando ainda mais a
resistência. Para isso, usamos mais um par de cabos TOP Wonder Excellence
de 1,0m e, assim, ligamos cada borne do power a um borne da caixa com um
cabo de quatro veias, ou seja, abaixamos a resistência à metade do que
estava. De 5,1mΩ abaixamos para 2,6mΩ. E ficamos impressionados com a diferença
auditiva que obtivemos: a transparência aumentou bastante, a audição ficou muito mais
aberta e natural e a dinâmica também aumentou.
Como sugestão, portanto, recomendamos que verifiquem qual a bitola da
secção transversal dos cabos de caixa acústica que vocês estão usando e também qual o
maior valor ôhmico que o fabricante das caixas admite para um bom funcionamento
do sistema. Vocês irão se surpreender com os resultados!
Aquele
abraço!! Ótimas audições a todos!! E até a próxima!
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