Número 90
O NOSSO LABORATÓRIO DE ACÚSTICA E ÁUDIO
ACÚSTICA
Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br
Colocamos a disposição
dos amantes da música, melômanos e audiófilos a visita ao nosso Laboratório de Acústica e Áudio
para apreciarem uma audição diferenciada e muito prazerosa, com
excelente dinâmica. Por que chamamos esta
sala de laboratório?
Ela é assim denominada, pelo fato de que além de
um ambiente para a apreciação musical é utilizada também para teste de aparelhos acústicos por nós desenvolvidos e implementados nas salas de nossos clientes.
Projetada, seguindo a proposta de norma IEC
60.268-13, que define os parâmetros de uma sala de audição para
testes de equipamentos, ela sugere alguns itens acústicos importantes,
como por exemplo, o tempo de reverberação do ambiente em função da
freqüência. Este tratamento, também define uma sala
de audição crítica (Balanced Listening Room), atendendo ao tempo
de reverberação recomendado pela norma mencionada, situado entre 0,3 e
0,6s da forma mais plana possível. Uma sala com estas características é
considerada neutra do ponto de vista sonoro. Possui, assim, um tratamento acústico específico que
permite atingir os valores
recomendados,
desde os graves mais
profundos até as mais altas freqüências. O grande desafio
nesta empreitada é
atingir o tempo de reverberação dos graves, apesar de ser uma sala de pequeno volume , de apenas
79m3. Os graves secos
foram alcançados com absorvedores híbridos
trapezoidais de membrana, e com a técnica de alívio de pressão, através
de aberturas colocadas para a parte externa nos cantos da sala com as
dimensões adequadas. Em um ambiente
assim, seco, é
possível realizar avaliações mais neutras da qualidade sonora dos
equipamentos em teste, permitindo detectar características sonoras que
em salas mais vivas passariam desapercebidas ou com falta de
detalhamento.
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Os equipamentos são alimentados com duas fases elétricas de 115V
nominais, dividindo a potência consumida por fase, com a energia filtrada e protegida com os condicionadores de
energia powerline Audiófilo lf-115 em cada fase. Como
transporte estamos usando o cd-player Accuphase DP-67
e no momento estamos testando o conversor DAC II da LF Audio
com nosso cabo coaxial digital TOP Wonder Excellence RCA
com dupla blindagem. O pré-amplificador é o
Excell III, desenvolvido com
componentes MOS FET
e, os amplificadores de potência, dois monoblocos, também projetados com MOS FET
em
classe A, 75W são os Millennium, ambos projetados por Erno Borbely,
projetista húngaro do famoso DH200 da Hafler. Ele também trabalhou na Dynaco e na National Semiconductor.
Os cabos de interconexão são os TOP Wonder Splendid XLR.
As caixas acústicas, que adquirimos recentemente, são as Revel
Performa F52, as quais merecem um Audiophile News
separado, que será publicado em futuro próximo, As
caixas acústicas são interligadas aos powers com dois pares de cabos TOP Wonder
Excellence sem terminais.
Ao contrário do que muitos imaginam, em torno da
metade do resultado sonoro obtido de um sistema, advém das características das
nossas salas, outros 30 % do resultado final é obtido com o tratamento
elétrico de alimentação do sistema e, somente algo em torno de 15% vem dos
equipamentos utilizados. Portanto, resumindo, não são os equipamentos
eletrônicos que definem o seu som, mas sim, a sua sala com suas dimensões e seu
tempo de reverberação em função da freqüência (A Sala Canta Junto!). É por isto,
que a sua sala deve ser a mais neutra possível, com dimensões adequadas e com um tempo de reverberação
baixo e plano em toda a banda de freqüências, para interferir o menos possível
no resultado sonoro final, ou seja, quanto melhor e mais neutra
for a sala e a elétrica, mais semelhantes ficam, em sonoridade, os equipamentos
de referência entre si!
A sala e a elétrica é o segredo do seu som!!
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