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  Uma Entrevista com Jorge Knirsch

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powerline Audiófilo lf-115
 
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  Veja os comentários de Fernando Sampaio (RJ) a respeito de fiação sólida e aterramento do neutro.
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Número 65

 

O SOM ESTÁ MUITO ESTRIDENTE! O QUE DEVO FAZER?

Equipamentos e Cabos

  Jorge Knirsch
jorgeknirsch@byknirsch.com.br

            

Introdução 

Temos visitado muitos amigos e clientes e, não raro, encontramos sistemas tocando com o equilíbrio tonal voltado para os agudos. Ou seja, nos deparamos com um som metálico e estridente, um som que, normalmente, também apresenta falta de graves. Além disso, temos recebido muitos e-mails a respeito deste assunto tão recorrente. Hoje mesmo, recebi o e-mail do amigo André Schmitz, de Juíz de Fora MG, e gostaria de responder a ele, de uma forma bem abrangente, aqui, através deste nosso informativo, e a todos que porventura também tenham este problema, independentemente de seus sistemas. Vamos apresentar alguns tópicos importantes, dez ao todo, que deverão ser verificados, pois os ajudarão a descobrir a origem da metalização e o caminho para obterem uma reprodução sonora mais musical e orgânica!

 

 

 

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As Principais Causas de um Som Ardido e Metálico

 

São diversas as origens da metalização do som. Pudemos identificá-las, ao longo de muitos anos de testes, e vamos enumerá-las, abaixo, em ordem de importância:

  • Filtros de Linha. Muitas vezes os usamos para, na verdade, obtermos uma régua com maior número de tomadas para ligarmos nossos aparelhos. Mas, infelizmente, os filtros podem ter componentes em série com a rede elétrica, chaves e fusíveis que acabam por causar uma fortíssima metalização do som. Inclusive, muitos condicionadores de energia, vindos principalmente da área de informática, que também usam componentes em série com a rede elétrica, metalizam o som. Sendo assim, sugerimos que façam a experiência de ouvir música com réguas ou tomadeiros neutros, daqueles bem simples, e verifiquem se a metalização não se reduz substancialmente. O mesmo vale para muitos dos condicionadores de energia. Vejam o artigo no site: Os Equipamentos de Filtragem da Energia Elétrica.

  • Cabos de Força, de Interconexão e de Caixa Acústica. Muitos cabos de entrada, e também alguns próprios para a área high end, podem criar metalização, que ocorre ou por excesso nos agudos, ou por evidente falta de graves. Cabos, em nossa opinião, são o segundo fator mais importante para a origem de agudos estridentes. Principalmente os cabos de prata poderão provocar estridências no som, pois em geral não possuem um equilíbrio tonal plano. Porém, com equipamentos de sonoridade velada, como alguns valvulados, o equilíbrio tonal pode ficar até melhor com a prata. Contudo, os melhores cabos, mais neutros, são os de cobre, sem dúvida alguma! Outro aspecto marcante é o uso de ferrite em cabos, que deve ser evitado, pois pode criar estridência. Vejam a série de artigos no site: Cabos - Uma Complexidade Eletromagnética - 1º Parte. Os cabos apresentam uma equação complicada de se resolver e o acerto vai depender muito da nossa experiência auditiva, onde o costume de ouvir música ao vivo poderá fazer toda a diferença!

  • Sistemas Antivibracionais Horizontais. Muito usados em alguns racks do mercado ou vendidos  avulsos. No entanto, criam fortes metalizações no som. Evitem esses sistemas de todas as maneiras! Vejam o Audiophile News 21 onde dissertamos a respeito deste assunto.

  • Equipamentos de Áudio. Muitos equipamentos de áudio não possuem um equilíbrio tonal neutro e podem estar com proeminência nos agudos. Isso ocorre, mais comumente, em equipamentos de entrada (normalmente por falta de extensão nos graves!), mas há também equipamentos de alto nível com estas mesmas características. Procurem experimentar equipamentos de amigos, para verificar como fica o novo equilíbrio tonal. Façam experiências neste sentido. Vocês vão se surpreender!!

  • Spikes. Excesso de uso de spikes pode criar metalizações no som. Verifiquem! Vejam também o Audiophile News 13

  • Toe-in das Caixas Acústicas. Neste caso, evitem usar um toe-in dirigido diretamente para o ouvinte, pois valoriza a parte das altas freqüências. Revejam o Audiophile News 31 sobre este assunto. Deixem as caixas paralelas às paredes laterais da sala. Isto poderá trazer uma grande melhoria.

  • Excesso de Difusores na Sala. Outro aspecto, não tão comum, é o uso de uma quantidade abusiva de difusores em uma sala de audição, principalmente quando em posições não recomendadas, como atrás das caixas acústicas por exemplo. Nesta posição, deveremos sempre usar absorção, para não alterarmos o palco sonoro de tal modo a deixar um recorte impreciso da imagem.

  • Posicionamento de Caixas Acústicas. Este aspecto, para a maioria de nós, não tem grande relevância, devido às nossas salas pequenas, pois as caixas já ficam muito próximas às paredes. No entanto, é preciso mencionar que caixas acústicas muito afastadas das paredes podem resultar em falta de graves, dando uma valorização excessiva aos agudos.

  • A Sala. Dependendo das medidas da sala, os agudos poderão ficar valorizados e os graves diminuídos. Mas, quanto a este aspecto, somente um engenheiro acústico poderá lhes orientar melhor!

  • Um Aparelho muito Próximo do Outro. Em sistemas de altíssimo nível, um aparelho sobre o outro, ou aparelhos muito próximos numa mesma prateleira, por exemplo, poderão criar estridências e alterações no médio/agudo, não muito agradáveis de serem ouvidas. Procurem colocar os aparelhos lado a lado, de preferência no chão, ou bem afastados quando sobrepostos. Vejam o Audiophile News 39.

Mãos à obra, com certeza, vocês irão conseguir melhorar muito seus sistemas!

 

O MAIOR SEGREDO PARA OBTERMOS UM BOM SOM É, ANTES DE TUDO, TRATARMOS CORRETAMENTE O GRAVE!

           Aquele abraço!! Ótimas audições a todos!! E até a próxima!

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