
					Número 56
 
				
				
				Acústica 
				
				
				Flávio Adami
				flavioadema@uol.com.br
				
				
				Nosso Ouvido como Instrumento
     
				
				                  
				Você conhece acusticamente a sua sala? Para aqueles que não têm a possibilidade 
de fazer um tratamento acústico adequado, por motivos óbvios de decoração, que é a 
grande maioria dos casos onde o efeito esposa não permite que isso aconteça, 
existe um método interessante através do qual vocês poderão perceber melhor os picos e buracos 
que estão ocorrendo dentro da gama de freqüências do seu som.
                  
				Tendo conhecimento dessas variações, poderão fazer ajustes de posicionamento das 
caixas e, se for possível, utilizar alguns elementos acústicos indicados por um 
profissional. O objetivo é visar uma melhora nas condições de resposta da sala, procurando 
um ajuste ideal, onde todas as freqüências venham a soar da forma mais plana possível, 
dentro do ambiente, tornando a audição mais agradável.
                  Este método se resume na utilização de alguns cds 
				que reproduzam uma gama de 
freqüências com senoidais puras, oitavas ou terço de oitavas. A partir da 
				intensidade do som de cada freqüência, que estaremos ouvindo na 
				nossa sala, poderemos detectar 
auditivamente os pontos de maior evidência de problemas acústicos que vêm 
				prejudicando a boa audição.
				
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				Uma metodologia interessante, para realizarmos este teste, que 
				nos auxiliará bastante a tomarmos consciência do que se passa 
				com o nosso som, é utilizarmos um caderno para anotar aquilo que 
				estaremos ouvindo. Poderemos montar um gráfico, que nos ajudará 
				a elucidar toda a problemática. Papel mono-log é específico para esse fim. 
				Para isto, poderemos, inicialmente, traçar uma reta horizontal, 
				o eixo das abscissas, onde iremos registrar cada uma das freqüências puras 
				geradas pelo cd, 
				uma após a outra, por exemplo, de 16Hz a 20KHz. Vamos traçar 
				também uma reta vertical, o eixo das coordenadas, onde iremos 
				registrar a variação da intensidade sonora de cada freqüência 
				que estaremos ouvindo, atribuindo-lhes notas, numa escala de 1 a 10, 
				onde poderemos estabelecer a nota 5 como  
referência média. Auditivamente, este teste se aplica muito bem às freqüências graves. O cd que 
				normalmente utilizamos para ajuste de graves abrange freqüências 
				de 16Hz até 201Hz. Vamos procurar sempre anotar o valor da intensidade 
				de cada freqüência através das notas. Por exemplo, se tivermos 
				dado nota 5 à intensidade da freqüência de 127Hz e, depois, em 173Hz, 
				percebermos auditivamente 
um forte pico, lhe daremos, quem sabe, a nota 8. Temos que procurar relacionar 
				uma freqüência com a outra, indicando os valores, para cima ou para baixo, conforme a 
percepção auditiva que tivermos da intensidade sonora de cada uma. Inclusive, 
				depois de toda essa avaliação terminada, poderemos traçar 
uma curva, unindo os pontos obtidos por cada freqüência.
 
				Com este claro entendimento, poderemos agora procurar 
				reposicionar as nossas caixas na tentativa de cancelar as ondas 
				estacionárias e os conseqüentes picos.  
				Um teste mais correto ainda é utilizarmos um decibelímetro de qualidade. 
				Faremos o 
mesmo procedimento, utilizando o papel mono-log, anotando as variações que agora 
				serão indicadas em dB pelo aparelho. Temos que procurar colocar 
				o decibelímetro 
na altura da nossa cabeça, na posição exata onde normalmente costumamos ouvir, 
deixando que ele faça as vezes dos nossos ouvidos, sempre utilizando o cd 
				gerador de freqüências. É importante estabelecermos um volume médio 
				no nosso amplificador, de preferência 
numa intensidade alta o suficiente para que o decibelímetro possa 
identificar com precisão as variações em dB. A vantagem de um bom decibelímetro é 
que ele capta com maior precisão as freqüências mais altas, inclusive aquelas onde nossos ouvidos costumam ficar 
ineficientes, fazendo uma varredura completa. O eixo das abscissas indicará a 
				variação das freqüências e o eixo das coordenadas, a variação da intensidade 
sonora.
             
				
                   
				Indicamos dois cd's para esses testes: o primeiro, chamado Test-CD for Room 
Acoustics, que engloba 28 freqüências puras, de 16Hz até 201Hz, para a curva com o "ouvidômetro". 
				E o segundo, o Audio test-CD ACD, para ser utilizado com 
				o decibelímetro, que engloba 10 oitavas, de 31Hz até 16kHz, e 29 terços de oitava, de 
25Hz a 16kHz. Ambos os cd´s podem ser encontrados através do site
				www.cara.de.
                 
				Quem quiser solicitar os nossos préstimos, caso alguma dúvida persista, contate-nos, para que possamos esclarecer melhor o 
assunto, ou para fazermos estas medições diretamente na sua sala e orientarmos 
				sobre os 
ajustes acústicos necessários no seu ambiente.  Você vai se surpreender com os 
resultados!  
				
				          
Boas audições a todos, sem picos !!!            
				
				
				
				
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