Número 44
Equipamentos e Cabos
Flávio Adami
Concerto com Ingressos Baratos
Eu costumo dizer que o equipamento de som ideal é aquele onde se consegue
atingir o máximo de qualidade sonora e, ao mesmo tempo, nos permite definir onde
começa a perfumaria.
Esse mercado de áudio, nos dias atuais, realmente anda meio perigoso, no sentido
de esfolar o bolso dos menos abonados. Se não ficarmos alertas, poderemos gastar muito mais do que
o necessário para adquirirmos um equipamento com ótima qualidade sonora.
Como exemplo, temos a revista AUDIO alemã, que às vezes chega a colocar
equipamentos baratos quase no topo da lista dos considerados referência e
às vezes também coloca alguns caríssimos lá embaixo, mostrando que nem sempre o alto custo significa
alta qualidade sonora. Dentro de uma cadeia de equipamentos necessários para montarmos um bom sistema, sem dúvida as caixas acústicas estão em primeiro lugar e,
logo em seguida, vêm a acústica e a elétrica. Por isso, recomendo que a escolha
das caixas seja feita sempre com muito critério, procurando escolher suas dimensões de
acordo com o tamanho do ambiente. E recomendo, principalmente, se for possível,
que cada um gaste
muitas horas de audição até conseguir chegar àquilo que soe de forma correta para os
seus ouvidos, pois cada audiófilo tem um gosto definido com relação a forma de ouvir
música e também quanto ao estilo.
Caixas acústicas envolvem uma série de fatores, como por exemplo, sua construção,
a rigidez do gabinete para evitar ressonâncias, etc., além de que é
importante a escolha dos alto-falantes corretos
para os ouvidos de cada um. Temos uma variedade de diafragmas para
os woofers e médios, como
kevlar, cerâmica, alumínio, polpa de papel, polipropileno, entre outros.
Para os tweeters, temos o tipo soft domo de sêda,
alumínio, berílio, titânio, diamante, entre outros. Cada material aqui citado
proporciona um timbre diferente, por isso eu repito que é muito importante ouvir
as diversas opções antes de se chegar a uma conclusão, pois as caixas acústicas
têm a difícil responsabilidade de transformar os sinais elétricos em música.
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Procure escolher um bom amplificador, que case bem com a eficiência das caixas,
sem a necessidade de gastar rios de dinheiro caso elas tenham uma eficiência
acima dos 89 db. Também é importante levar em consideração as dimensões do ambiente.
Procure um bom cd player, pois são várias as opções que existem
atualmente no mercado, com preços bastante convidativos. Um bom toca discos, com
uma boa cápsula tipo moving coil de alta saída, são suficientes para
proporcionar horas infindáveis de audição. Tudo sempre feito com muito critério,
para evitarmos gastos além daquilo que é necessário para se escutar música
com prazer.
Hoje em dia, há uma verdadeira parafernália visual, que nem sempre traz bons
resultados sonoros. Entretanto, para aqueles muito abonados, até acho
interessante associar um áudio de qualidade junto a um visual bonito, pois isso
também faz parte do contexto audiófilo, desde que se tenha consciência de que
perfumaria é perfumaria e áudio é áudio.
Os cabos, eu os chamaria de ajuste fino de um sistema. São muito importantes, mas
também temos que tomar muito cuidado, pois já escutei cabos caríssimos, dentro
de embalagens cinematográficas, que não tocavam nem vinte por cento do seu custo.
Procure ouvir sempre a opinião dos mais experientes, entretanto, deixe que seus
ouvidos decidam aquilo que é melhor para você. Busque o que seja compatível
com um custo honesto e que caiba no seu bolso.
Se não temos condição de gastar os tubos num restaurante caríssimo, um bom
chinês agrada o estômago. Assim é também com nossos ouvidos.
Boas audições !!!
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