Número 43
VIBRAÇÕES: ELAS INFLUEM? Última Parte (7)
Vibrações
Jorge Knirsch
Continuação
No Audiophile News 13, iniciamos a
análise de alguns sistemas antivibracionais que podem ser colocados sob nossos
equipamentos de áudio e vídeo, proporcionando um aumento da resolução e transparência.
Se pudermos escolher o sistema antivibracional adequado para a situação
específica do nosso sistema, conseguiremos otimizar o
equilíbrio tonal do conjunto. Naquela época, havíamos iniciado
esta série mencionando os spikes, mostrando qual o
resultado que trazem e de que forma influenciam no equilíbrio tonal. Como vimos,
eles realçam levemente a parte das altas freqüências.
Em seguida, no Audiophile
News 17, falamos das bandejas antirressonantes, que atuam em ambas as
direções, ou seja, na absorção de movimentos horizontais e também na de
movimentos verticais. Dependendo do princípio que a bandeja escolhida usa para
absorver as ressonâncias, ela poderá trazer um excelente resultado, aumentando a
resolução e a transparência do sistema, sem alterar em demasia o equilíbrio tonal. No Audiophile News 21 falamos dos dispositivos antivibracionais
horizontais, que
favorecem os agudos, mas que devem ser usados com muito critério, para não
tornarem a reprodução sonora excessivamente brilhante e metálica a ponto do
resultado final ficar estridente e
ardido. No Audiophile News 27,
analisamos os discos de borracha especial, que também aumentam a resolução,
levando o equilíbrio tonal levemente para os graves. No Audiophile News
33 verificamos as influências de molas sob os aparelhos, sistema este
largamente usado em estúdios no primeiro mundo. No Audiophile News 39,
analisamos a influência das estantes/prateleiras onde ficam os equipamentos de
áudio/vídeo. Neste número 43 vamos encerrar esta série,
mostrando como aplicar todo este conjunto de dispositivos antivibracionais para a
otimização sonora do nosso sistema.
© 2004-2014 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
www.byknirsch.com.br
Como montar um conjunto antivibracional para o nosso sistema de áudio/vídeo
Bem, aqui o assunto fica mais complexo. O
mais importante, antes de começarmos a montar o conjunto antivibracional, é
conseguirmos detectar como está o equilíbrio tonal do nosso sistema.
Identificando com clareza o que está ocorrendo, saberemos que correção deveremos
fazer e teremos a direção de quais dispositivos antivibracionais usar ou deixar
de usar. Para fazermos esta avaliação com precisão, a nossa experiência auditiva
é grande valia!
Feito isto, para a devida correção, recomendamos o uso de uma associação entre
os vários tipos de dispositivos disponíveis. Para explicar como deveremos
proceder, vamos começar instalando os diversos elementos antivibracionais, a
partir do aparelho até chegarmos à base da prateleira onde está colocado, ou ao
chão, se for o caso, tendo como objetivo aumentar a resolução e otimizar o equilíbrio tonal.
Vamos começar
colocando uma bandeja, ou uma pedra, debaixo do aparelho, para conseguirmos
mais massa. Se o aparelho estiver numa prateleira, a bandeja será a mais recomendada.
Debaixo da bandeja/pedra, poderemos colocar algumas alternativas como: molas,
discos de borracha especial, spikes, ou spikes com borracha. Cada alternativa
e variante dará um equilíbrio tonal diferente, e estaremos pesquisando qual é a
solução ideal para o nosso sistema, sempre na busca de aumentarmos a resolução.
Para sistemas mais equilibrados, recomendamos o uso das molas. Para sistemas
tendendo para os graves, poderemos usar os spikes, com ou sem os discos de borracha,
e para os sistemas tendendo para os agudos, poderemos usar os discos de borracha ou
as molas sob um elemento bem pesado.
Agora,
entre a bandeja/pedra e o aparelho, recomendamos usar os discos de borracha ou
os spikes com/sem borracha.
Caso usemos os spikes com os discos de borracha, estes poderão ser colados, com cola de contato, no
lado maior do cone ou debaixo das bases especiais para os cones (os resultados
sonoros serão diferentes!). Para cada
aparelho, o conjunto de dispositivos antivibracionais poderá ser específico,
dependendo do objetivo sonoro que desejarmos alcançar.
Equipamentos que já possuem um sistema de amortecimento acoplado aos seus pés,
como por exemplo é o caso do meu cd-player atual, o Accuphase DP-67,
se não quisermos anular
este dispositivo, o recomendável é usarmos uma placa de vidro em baixo do
aparelho. O importante é que a espessura desta placa não seja muito fina, para que não se formem
ressonâncias advindas do próprio vidro. Recomendamos uma espessura mínima de 5mm.
Em baixo desta
placa de vidro, poderemos colocar os spikes, sem os discos de borracha,
os quais se apoiarão
em uma pedra de 5,0cm de espessura e, por baixo dela, colocaremos as molas, de forma que
cada mola suportará um peso de 10 a 20Kg e, debaixo das molas, colocaremos outra
placa de vidro espessa, para ficar por cima do carpete. É melhor evitarmos o uso
de
chapas massiças de madeira, no lugar das placas de vidro, por terem uma
característica sônica muito peculiar, valorizando os médios baixos.
As minhas caixas acústicas estão sobre quatro spikes, os quais se apóiam
sobre uma pedra que está sobre molas diretas no chão.
Desejo a todos gratificantes experiências!! E também excelentes audições!!
Elemento Antivibratório com Mola e Espuma
Vibspring VS-P 01E
Discos de Borracha
Especial
|