Número 26
Equipamentos e Cabos
Flávio
Adami
A Difícil Escolha
Num sistema high end, todos os
elementos que o compõe são de vital importância, tendo em vista que os mais
sutis detalhes podem fazer uma enorme diferença no resultado sonoro final de um
sistema de áudio de alto padrão.
Apesar de toda
importância de cada elemento separadamente, poderíamos destacar aqueles que
realmente são mais significativos. Na minha opinião, com a evolução dos modernos
amplificadores, não fico em defesa de valvulados, nem transistorizados. Existe
sim, o amplificador certo para as caixas certas e, como exemplo, não caberia
jamais um amplificador valvulado de baixa potência, tentando tocar caixas
eletrostáticas ou isodinâmicas, como é o caso das Magnepan. Mesmo as
caixas convencionais, com os tradicionais alto falantes de baixa impedância e
também baixa eficiência, não se dão bem com valvulados, pois necessitam de
circuitos de alta corrente para que possam dar tudo de si, em termos de
potência, dinâmica e transientes velozes. Caixas de alta eficiência,
principalmente as que possuem cornetas, se dão bem com válvulas, inclusive com
amplificadores tipo single ended de baixíssima potência.
Voltando às prioridades,
para que um equipamento possa tocar a contento, com certeza uma boa acústica e
elétrica são de vital importância e aquilo que eu destacaria, também com grande
prioridade, são as caixas acústicas. Antes de decidir por um tipo específico,
sejam torres ou bookshelf, primeiramente o tamanho do ambiente deve estar
de acordo com as dimensões das mesmas, porque geralmente caixas com grande
volume cúbico, em ambientes pequenos, sempre criam dificuldades para controlar os
graves. E o mais importante de tudo, antes de se tomar uma decisão, é escutar as
varias opções que existem no mercado e que não são poucas, porque as caixas
acústicas dentro de um sistema de áudio têm a ingrata tarefa de transformar
energia elétrica em música e, quando não são de qualidade, podem causar
ressonâncias indesejáveis ou alterações de timbre, prejudicando a naturalidade
da reprodução.
O mais importante é
escolher aquilo que mais agrada aos nossos ouvidos, porque existem várias opções
de cones, projetados com materiais diversos e, consequentemente, timbres
diferentes. Como exemplo, papel, Kevlar, polipropileno, cerâmica, alumínio
e até madeira. Tweeters com diafragmas tipo soft dome de seda,
plástico, tweeters de cúpula rígida, como exemplo alumínio, titânio,
diamante, berílio entre outros. Ainda temos as opções de caixas tipo corneta,
eletrostáticas, isodinâmicas, caixas em madeira natural, sintéticas, em formato
caracol e ufa! Chega.
O mais importante é
montar um sistema que seja coeso com relação a todos os componentes e que,
principalmente, agrade nossos ouvidos. Realmente isso é que importa, pois, graças
a Deus, eles são diferentes e as opções no mercado de áudio são muitas e estão aí
para agradar a todos. Basta escolher com muita paciência, para que depois não
haja arrependimento, tendo sempre em mente a música ao vivo como referência
absoluta.
Boas audições.
powerline
Audiófilo, Special e Protect
Bandejas Antirressonantes
Bandstand
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