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  Uma Entrevista com Jorge Knirsch

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  Veja os comentários de Fernando Sampaio (RJ) a respeito de fiação sólida e aterramento do neutro.
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Número 12

Equipamentos e Cabos

 Flávio Adami

A Divisão Necessária

          Certa vez, um amigo meu, apaixonado por música, porém leigo em equipamentos de áudio, me questionou o fato de haver a necessidade de vários alto falantes, ou pelo menos dois, no mínimo, numa caixa acústica, para que toda a gama sonora seja reproduzida. Essa necessidade existe, pelo fato de existir um problema físico, que caracteriza o conceito de funcionamento de um alto falante.
          Se tivermos um woofer de 12 polegadas, projetado para reproduzir especificamente baixas freqüências, como por exemplo dentro de uma câmara anecoica, ele chegará no máximo numa resposta por volta de 1kHz,  considerada plana. Após essa freqüência, a curva cairá abruptamente. Devido ao fato de possuir um cone pesado, que trabalha bem em baixas freqüências, pela própria massa e diâmetro que possui, desloca grandes quantidades de ar. Isto é o que caracteriza os alto falantes projetados para os graves. Freqüências acima daquelas especificadas pelo fabricante, dentro da curva de resposta, começam a ficar cheias de variações, porque toda essa massa torna o falante lento e pesado, com uma enorme dificuldade para pulsar acima de 1kHz, ou seja, 1000 ciclos por segundo, dificultando a resposta nas freqüências médias. Por esse motivo, existe a necessidade da utilização de um divisor de freqüências e do uso de um segundo alto falante para os médios. Cito, como exemplo, um alto falante de 5 polegadas, que pode chegar tranquilamente aos 5kHz com a curva absolutamente plana. Após essa freqüência, começa a surgir novamente o problema de variações na curva de resposta, pelo fato de novamente existir problemas por excesso de massa, exigindo a presença de um tweeter responsável pelas altas freqüências. Alguns modelos atuais podem chegar tranquilamente aos 30 kHz, principalmente os que possuem diafragmas de titânio, berílio, diamante, etc., que, empurrados por poderosos magnéticos de neodímio, podem chegar a freqüências muitas vezes acima do limite do ouvido humano. Os tradicionais tweeters, com diafragma tipo soft-dome de seda, podem não chegar a freqüências alucinantes de resposta, porém são mais suaves e, na minha opinião, causam menos fadiga auditiva.
          Existe uma infinidade de projetos, entretanto o mínimo necessário para uma resposta plena de todas as freqüências é, pelo menos, um sistema de duas vias, muito utilizado em caixas tipo bookshelf.
          Existem também os alto falantes tipo full range, que respondem a toda gama de freqüências e não necessitam de crossovers, mas como milagre em áudio não existe, não conseguem uma resposta satisfatória acima dos 16 kHz, perdendo detalhes de alta freqüência, harmônicos, ar e tudo aquilo mais que caracteriza uma verdadeira reprodução de alto padrão sonoro.

               Boas audições
             

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