Dicas de Áudio
A Fiação de Entrada
Elétrica
Jorge
Knirsch
Introdução
Temos recebido
inúmeros e-mails, de amigos e clientes, colocando questões e perguntas
sobre os mais diversos assuntos correlatos ao áudio, à acústica, à
elétrica e aos equipamentos, tanto a respeito de aspectos técnicos, como
também quanto às várias sinergias entre todos estes parâmetros que
influenciam na percepção musical final de um sistema de áudio. Muitas
das perguntas têm sido gerais e bem interessantes e, por isso, suponho que devam interessar
a muitos audiófilos, melômanos e amantes do som e da imagem. Assim, no
sentido de dar uma divulgação maior a estes e-mails, sempre com a
permissão de quem tem colocado a pergunta e o questionamento, pretendo
publicá-los com as respectivas respostas, em uma série de comentários que irei chamar de
Dicas de Áudio, as quais poderão sair nas diversas seções dos
Artigos, dependendo da área a que são pertinentes. Nossas
explicações
estarão sempre dentro do texto enviado.
© 2004-2011 Jorge Bruno Fritz Knirsch
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A Física Continua a Mesma
Nos últimos meses, em diversos artigos da
mídia escrita nacional, o grande público tem sido incorretamente informado
a respeito da fiação
que se deve usar a partir do quadro elétrico de entrada até a tomada da sala de
audição. Temos escrito, ao longo dos anos, diversos artigos mostrando e
explicando as razões técnicas de se optar pela
fiação sólida que, na prática, se confirma como a melhor opção, com o melhor resultado sonoro e
de imagem em um sistema de áudio/vídeo. Coloco abaixo os links para estes
vários artigos onde,
entre eles, está a explicação teórica para este fenômeno:
A Alimentação Elétrica do Sistema de Áudio/Vídeo
A
Entrada de Energia Elétrica
Como Realizar a Sua Entrada de Energia
E a Entrada? Qual a melhor Solução?
PERGUNTAS/RESPOSTAS SOBRE A ENERGIA ELÉTRICA 1a. PARTE
PERGUNTAS/RESPOSTAS SOBRE A ENERGIA ELÉTRICA 3a. PARTE
Palestra: Os Harmônicos da Energia Elétrica no Áudio
Nestes artigos acima, vocês encontrarão uma base sólida, fundamentada
pela
física, para o uso de uma fiação rígida no neutro e na fase e de um cabo
flexível para o terra, da entrada de energia da residência até a sala de
audição. Estes fundamentos físicos são facilmente comprovados, na prática,
após a simples substituição dos cabos flexíveis, anteriormente instalados, pelos
fios sólidos. A fiação de energia, assim como os cabos de força dos
aparelhos, devem deixar passar a fundamental da tensão elétrica, em 60Hz,
e bloquear os harmônicos em freqüências mais altas. Desta forma, os fios e
cabos que proporcionarem graves mais secos, limpos e equilibrados serão
os melhores, e isto os fios
rígidos fazem com maior facilidade.
O cabo flexível Cordplast (classe 5), da antiga Pirelli, hoje
fabricado pela Prysmian, não é o mais recomendável. Melhor é usar fios
sólidos e rígidos para fase e neutro e um cabo flexível para o terra. Nesta categoria, entra o
fio Superastic (encordoamento classe 1), da Prysmian, para fase e neutro,
que é um
fio de alta tecnologia. Existe também o cabo Superastic
(encordoamento classe 2), que seria uma segunda opção, embora nitidamente
inferior à primeira sugestão e difícil de encontrar. Caso não os encontrem,
recomendo-lhes o Voltalene (encordoamento classe 2), da Prysmian também,
porém é mais difícil de achar também. Não use para fase e neutro cabos de
classe 5 que são muito flexíveis e não bloqueam harmônicos.
Para o terra, pode ser o Sintenax Flex (classe 5) ou
Superastic Flex (classe 5) ou então o Eprotenax Flex (classe
5). A solução ideal é usar
dois fios Superastic (classe 1) e um cabo verde Eprotenax Flex
(classe 5), trançados.
Cabos OFC não devem ser usados, pois vão valorizar os harmônicos dos
médios e agudos da energia elétrica. E também o uso de
fios OFC deve ser visto com muito cuidado. Além de serem muito mais caros,
estes fios, se não mostrarem um grave mais seco, limpo, equilibrado e
mais presente, não deverão ser recomendados. Muitos apresentam uma
transparência maior, principalmente nos médios e agudos, porém com perda
patente dos graves. E mesmo com uma transparência maior, levarão o seu
sistema a entrar por um galho do pinheiro que, depois, difícil será sair
dele. Cabos e fios OFC apresentam normalmente maior transparência, mas é
preciso verificar como se comporta a reprodução dos graves. Normalmente
somente os fios, sejam OFC ou não, trazem uma reprodução melhor dos
graves. O equilíbrio tonal deve ser ajustado novamente com um resultado
final superior.
Outra dica importante, correlacionada ao nosso assunto, é que, na entrada de energia, a
derivação da fiação, para a sala de som, deverá ser feita após o
disjuntor principal da instalação elétrica (ou após a seccionadora geral
de fusíveis),
colocando um novo disjuntor (ou porta-fusível), de cujas saídas a fiação
será levada para a sala de audição. Isto é norma internacional. Não se
deve ligar a fiação direto na entrada do disjuntor geral e em seguida a proteção
pois, em caso de acidente, poderá haver o risco de um eventual incêndio!!
Quando a fiação chegar à sala de audição, a norma exige que
seja instalado um novo disjuntor (ou seccionadora geral) antes de se
fazer novas derivações
elétricas. Depois desta nova proteção, poderão ser colocados os circuitos,
com nova proteção, para a alimentação das tomadas. Colocamos o nosso
e-mail
jorgeknirsch@byknirsch.com.br a disposição de todos para esclarecer
dúvidas e procedimentos para uma boa instalação.
Uma
excelente audição a todos, aquele abraço e até a próxima!!
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