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A LATERALIDADE DO PALCO SONORO Cd de Referência Jorge Knirsch Introdução Este artigo nos traz o segundo cd da nossa serie de cd´s de referência. Trata-se de um cd que apresenta uma das características mais difíceis de serem reproduzidas, que é a lateralidade na largura do palco sonoro, já descrita rapidamente no artigo anterior:
A lateralidade é, portanto, a reprodução dos sons na lateral direita da caixa acústica direita e na lateral esquerda da caixa acústica esquerda. Em outras palavras, é a reprodução dos sons para fora das caixas, direita e esquerda, criando um ambiente acústico muito grande. É evidente que diversos fatores são importantes para se conseguir este efeito. O primeiro deles é, sem dúvida, a gravação do cd, na hora da captação, na microfonagem e, principalmente, na mixagem dos sinais. A gravação deve ter nível de excelência, realizada por um engenheiro de som que entenda do assunto profundamente. Não sou especialista em mixagem mas, para se conseguir lateralidade, parece necessário se fazer uma defasagem dos objetos musicais que ficam nas laterais, direita e esquerda. O segundo fator muito importante, para que você possa perceber este efeito, é ouvir o cd em uma Sala de Audição que tenha tratamento acústico, com um tempo de reverberação entre 0,3s e 0,6s em toda a faixa audível de freqüências. Pelas minhas experiências, na verdade, o RT deve estar até um pouco mais baixo, em torno de 0,1s. Nós só conseguimos este efeito no nosso Laboratório de Acústica e Áudio quando estamos num total de quatro ouvintes, fator que ajuda a abaixar o RT para 0,1s. Nesta situação, percebemos que é possível inclusive ouvir vozes falando atrás de nós, ouvintes, ou seja, é possível criar um 5.1 com um 2.0!!! O terceiro fator muito importante, para que o efeito da lateralidade se apresente, na sua sala de audição, é o tratamento elétrico da energia. Mas é necessário que o tratamento retire a sujeira da rede elétrica sem acrescentar nenhuma nova sujeira, como infelizmente se vê por aí. No geral, o tratamento elétrico tem acrescentado estridência nos agudos, ou projeção dos médios com recuo dos graves. A esta sujeira, referimo-nos como sendo os harmônicos da rede elétrica, que são criados pelos aparelhos ligados à rede. Um quarto fator muito importante, sem dúvida, é que o seu sistema esteja bem ajustado e bem equilibrado, com bom equilíbrio tonal, boa neutralidade acompanhado de boa dinâmica. Não deve apresentar nenhuma estridência, que normalmente destrói qualquer palco sonoro. Também não devem existir ressonâncias ativas da sala, embolando o grave e, em conseqüência, os médios baixos.
A reprodução deste cd é realmente muito marcante e
espero que vocês
consigam ouvi-lo de forma mais completa, com os objetos musicais tocando além das
caixas acústicas frontais. É um
teste muito duro para qualquer sala de audição e também para a energia elétrica fornecida
aos seus equipamentos, os quais não precisam ser do "topo do pinheiro".
O seu conjunto de áudio tem apenas
que estar equilibrado e neutro.
Local
: Southeast Cameroon Forest
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