Número 322
Falando de Timbre
Mídia Gravada
Flavio Adami
flavioadema@uol.com.br
Timbre é a característica peculiar de cada som. Apesar de aprendermos no colégio
que o som é uma onda, essa onda senoidal nem sempre é perfeita como aparece nos
livros.
© 2006-2016 Jorge Bruno Fritz Knirsch
Todos os direitos reservados
http://www.byknirsch.com
Cada onda sonora apresenta um formato característico, que depende do material
que produziu o som. Isso é o que define o timbre sonoro.
Timbre é o
que diferencia dois sons de mesma freqüência ou mesma nota fundamental. Por
exemplo, a nota dó, tocada no violão, tem um som muito diferente da nota dó
tocada no teclado ou na flauta. Isso significa que esses instrumentos possuem
timbres diferentes. Dois violões, de mesmo modelo e mesmo fabricante, podem
também possuir timbres diferentes. Isso ocorre pelo fato da fabricação não ser
igual para todos os instrumentos em uma linha de montagem. Qualquer milímetro de
diferença, no posicionamento ou encaixe de uma peça, altera o timbre de um
instrumento acústico e muitas vezes esses detalhes passam despercebidos.
Nos
instrumentos eletrônicos, essa diferenciação de timbre se dá devido à parte do
circuito elétrico, aos alto falantes e caixas acústicas, aos captadores que, por exemplo, caracterizam os diferentes timbres de várias guitarras elétricas.
É
importante que treinemos nossos ouvidos, para ficarmos sensíveis aos diferentes
timbres. Trocar as cordas de um violão, por exemplo, utilizando cordas de melhor
procedência, pode lhe proporcionar uma maior
qualidade sonora, tornando o timbre
mais agradável.
As notas musicais, produzidas por instrumentos ou cantores, são formadas por um
conjunto de diferentes freqüências, a partir de uma freqüência básica ou
fundamental, característica da nota. Um lá, por exemplo, tem uma freqüência
básica de 440 Hz. Um lá de um violino é diferente do lá de uma flauta ou de um
cantor. Apesar da mesma freqüência dominante, a forma da onda de pressão é
diferente. Uma flauta produz um som com uma onda tipo senoidal, quase pura,
enquanto que o som produzido por um violino possui uma onda mais complexa.
O timbre está
associado à forma da onda e nos permite distinguir sons de mesma freqüência,
produzidos por instrumentos diferentes. O timbre é caracterizado pela soma de
freqüências que constituem a onda sonora emitida pelo instrumento. O timbre
também é denominado qualidade do som. A combinação de freqüências caracteriza o
som e também determina se um som é agradável ou não. A sensação de
som agradável ocorre quando as freqüências que o compõe são múltiplas umas das
outras, isto é, quando temos uma freqüência básica e as demais são duas, três ou quatro
vezes maiores, os chamados harmônicos.
Os sistemas de áudio mais sofisticados têm a incumbência de tentar reproduzir,
com a melhor qualidade possível, o timbre original dos instrumentos. Disso
depende a qualidade do circuito eletrônico, da acústica do ambiente e,
essencialmente, das caixas acústicas. As caixas têm a incumbência de não produzir
colorações na região dos graves e agudos e, principalmente, na região média, que
pode alterar sobremaneira a qualidade tímbrica dos instrumentos.
Infelizmente, essa perfeição custa caro, mas vale a pena para aqueles que, como eu,
são apaixonados por música.
Vejam alguns artigos
correlatos:
Audiophile News 50,
os Instrumentos e seus Timbres;
Audiophile News 52,
o Timbre e seu Envelope;
Audiophile News 55,
Timbres, Formantes e Envelopes.
Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima!
Não desejando mais receber o Audiophile News,
responda este e-mail com a palavra descadastrar. |