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 Número 418
 
Uma Nova Tendência
 
Equipamentos e Cabos 
Jorge Knirschjorgeknirsch@byknirsch.com.br
 
          
          Quando 
era um hobbysta fanático, DIY (do it yourself), chegava a fazer 
experiências com inúmeras coisas que dizem respeito ao áudio. Construí de tudo, deste cabos, pré 
amplificadores, e até caixas acústicas. Construí caixas acústicas de madeira 
maciça, usando compensado naval, e também, vejam só, caixas de concreto. Este é 
um material 
extremamente inerte, que oferece várias vantagens na reprodução, mas com 
inúmeras desvantagens físicas, principalmente o seu excessivo peso. Naquela época, fundia 
individualmente cada um dos lados das caixas e, depois, cimentava uns nos outros. As 
dificuldades eram enormes, principalmente na hora de locomover cada caixa para o 
seu exato lugar 
na sala de audição. Porém, o resultado sonoro chamava a atenção!   
        
                     
		
        
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		Quando as caixas eram equipadas também com suspensão acústica, o 
		resultado ficava melhor ainda, graves muito definidos, médios e agudos 
		muito limpos e naturais, de forma que proporcionavam 
		uma agradável audição. No entanto, como o processo de fabricação era muito complexo, 
		apesar do excelente resultado sonoro alcançado, e não tendo acesso a uma 
		câmera anecóica, para realizar as curvas de respostas necessárias, desisti de continuar neste 
		desenvolvimento. Passei, então, a me dedicar à parte mais importante do áudio, 
		que é a acústica.Acontece que, através destes anos todos, 
		com o desenvolvimento de uma massa especial, várias 
		firmas européias e americanas desenvolveram processos de fabricação de 
		caixas acústicas de concreto, criando moldes e fundindo as caixas. Com isto, a espessura das 
		paredes pôde ser controlada, de forma a diminuir um pouco o enorme peso 
		que estas caixas possuem.
 A revista AUDIO alemã, de 
		agosto de 2018, testou quatro caixas acústicas, feitas de concreto, de fabricantes, 
		para nós, totalmente desconhecidos:
 
	
		| CAIXAS 
		ACÚSTICAS DE CONCRETO |  
		| FABRICANTE | MODELO | PESO Kg | PRINCÍPIO | EXECUÇÃO | QS | AK | PREÇO (EUROS) |  
		| Lautbrecher | Rohling CL-03 | 8 | Bassreflex | Duas Vias, 
		Bookshelf | 83 | 79 | 1.750,00 |  
		| Concrete 
		Audio | N1 | 80 | Suspensão | Duas Vias, 
		Torre | 101 | 65 | 11.900,00 |  
		| BETONart 
		Audio | Syno | 60 | Bassreflex | Duas Vias, 
		Torre | 99 | 59 | 7.350,00 |  
		| Gravelli | Virtuoso | 15 | Suspensão | Duas 
		Vias, Bookshelf | 81 | a | 4.900,00 |  
        
		 Legenda: Peso em kg. QS = Qualidade Sonora. AK= índice de 
		compatibilidade com amplificadores. Vejam:O 
		Áudio e o Pinheiro - 3º Parte, a = caixa 
		acústica ativa.
 
        
		 Todas 
		as quatro caixas têm o selo de "recomendada" pela revista. Três destes 
		novos fabricantes surgiram na Alemanha, mas podemos 
		também encontrar inúmeros fabricantes nos EUA. Vocês, colocando no Google: 
		Loudspeakers in Concrete, vão descobrir muitos modelos de 
		caixas acústicas americanas, feitas de concreto, e, inclusive, algumas dessas 
		caixas testadas pela AUDIO. As caixas Modelo Rohling CL-03 
		foram 
		fabricadas pela Lautbrecher, empresa especializada em caixas acústicas 
		de 
		concreto, criada em 2016, em Düsseldorf, Alemanha. Estas caixas contêm um altofalante 
		norueguês, coaxial, da SEAS 
		
		(Scandinavian 
		Electro Acoustic Systems), 
		possuem  boa resolução, 
		apresentando uma audição muito natural. Falta-lhes apenas uma extensão nos graves, que pode 
		ser compensada com um subwoofer.  São caixas pequenas, cada 
		uma pesando 8 kg, e o fabricante garante frete gratuito para o mundo 
		todo.
 
  As caixas modelo N1, da empresa Concrete 
		Audio (fundada por Frank Nebel), são produzidas na cidade de Weimar, na antiga Alemanha Oriental, porém 
		são também conhecidas nos EUA. Das quatro caixas testadas, são as que 
		obtiveram a maior pontuação sonora e as que apresentaram a melhor curva 
		de resposta. Possuem uma 
		resolução muito detalhada e excelente grave. Fabricadas  usando o 
		princípio de Joseph D´Appolito, contêm alto-falantes da Scan Speak, 
		dinamarqueses. 
		Como estas caixas todas são fundidas em moldes especiais, possuem uma 
		apresentação muito decorativa e bonita. As N1 pesam 80 kg cada! Seu 
		preço é competitivo, pois está no nível de caixas 
		acústicas como a Tannoy Kensington GR (12.000,00 Euros), a PCM Fact 12 
		(14.000,00 Euros), ou a Gauder Cassiano II D (17.000,00 Euros), todas 
		mais caras. A BETONart Audio, empresa fundada 
		por Jörg Wähdel, físico diplomado, apresenta a torre Syno, em 
		configuração D´Appolito também, com QS=99. A fábrica fica em Heidelberg, Alemanha. 
		Este modelo utiliza alto-falantes da Wavecor, fabricante chinês de 
		alto-falantes de alta tecnologia. A curva de resposta de freqüência é 
		bem plana, com baixa distorção harmônica, boa dinâmica e ótima resolução.
 O fabricante Gravelli 
		apresenta a caixa bookshelf Virtuoso. Este fabricante, ao contrário do que 
		poderíamos imaginar, não está na Itália, e sim na cidade de Praga, na 
		República Checa. Esta caixa possui um grave muito presente, com alguma coloração nos 
		médios e agudos. O amplificador é da Hypex, que praticamente tem quase o 
		monopólio mundial para amplificadores de caixas acústicas ativas.
 Olhando a lista geral da 
		AUDIO, verificamos que estas quatro caixas possuem um preço compatível 
		com as outras de mesma pontuação.
 
                  
		Ótimas audições a todos! Aquele abraço! E até a próxima! 
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